Analítica do Sublime
16 Maio 2018, 14:00 • Adriana Veríssimo Serrão
Analítica do Sublime
(Textos recomendados: sobretudo: §§23, 25, 26)
Belo e Sublime: Duas experiências estéticas: §§23
Semelhanças e diferenças do modo da relação entre sujeito e objecto §23.
Forma (limite) e ausência de forma (Ilimitação, totalidade…)
O ponto de bifurcação da capacidade de sentir emerge neste desajustamento entre limite, reconhecível e identificável, e ausência de forma, por excessiva e inapreensível.
Prazer / prazer negativo
Duas modalidades do informe/excedência
- o sublime da quantidade (matemático): grandeza (excessiva): o absolutamente- grande;
- o sublime da força (dinâmico), potência, dinamismo: o absolutamente-potente.
A dupla orientação da estética kantiana em belo e sublime assenta na diferença entre duas dinâmicas anímicas. Numa, a harmonia da imaginação e do entendimento acompanhada do sentimento de prazer persiste durante todo o tempo da contemplação, proporcionando o equilíbrio e a pacificação; na outra, o esforço da imaginação para apreender, na unidade de uma intuição, a ilimitação e excessividade, esforço esse, que votado ao fracasso, produz um conflito entre atracção e repulsão pelo objecto (a manifestação informe), que coloca o sujeito na instabilidade entre contracção e expansão das suas forças vitais.
A dinâmica das faculdades
§ 25, 26
a) o esforço e a derrota da imaginação: o sentimento de desprazer.
b) a intervenção do pensamento do infinito: sentimento estético e sentimento moral
A razão intervém para preencher o vazio de esquemas com ideias e esclarecer o verdadeiro sentido do desprazer (Unlust).
Não se deve chamar sublime à grandeza, mas ao "que é absolutamente grande";
c) a tensão entre força, poder, resistência
não se deve chamar sublime à força a que ainda oferecemos resistência, mas à "força (Macht) que não tem poder (Gewalt) sobre nós" (§25, §28),
"o sublime da natureza é uma expressão imprópria e [...] só deve ser atribuído com propriedade à maneira de pensar, ou melhor, ao seu fundamento na natureza humana." §30
d) sublime estético e natureza humana: a dupla natureza – sensível (finita) e moral (infinita) do ser humano.
-- “O céu estrelado e a lei moral”
Leituras recomendadas
Ana Anahory, “Leituras do Sublime… Derrida … Lyotard, Philosophica ??
Raoul Marian, “A descoberta do númeno? Um paradoxo na Estética kantiana”, Philosophica 48.
Hugo Assis, “O sublime de Kant. Um estarrecimento perante o inefável”, Philosophica 50
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Merleau-Ponty e Paul Klee: fenomenologia e ontologia da expressão artística. A arte como visão exemplar e linguagem originária.
Merleau-Ponty, O Olho e o Espírito / L’Oeil et l’Esprit
Paul Klee, Teoria da Arte Moderna.
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Até Dia 4 de Junho – até às 17h (no Depart. Filosofia, D. Isabel Varela).