Uma analítica do juízo de gosto puro / a estrutura da Analítica do Belo
2 Maio 2018, 14:00 • Adriana Veríssimo Serrão
Uma analítica do juízo de gosto puro / a estrutura da Analítica do Belo
Análise do 1.º momento da Analítica do Belo (§§ 1-5)
A autonomia da experiência estética. Gosto e sentimento.
Aliança (síntese) entre sentimento e juízo.
“Para distinguir se algo é belo ou não, nós não referimos a representação ao objecto por meio do entendimento, tendo em vista o conhecimento, mas referimo‑la por meio da imaginação (talvez ligada ao entendimento) ao sujeito e ao sentimento de prazer e desprazer deste. O juízo de gosto não é, portanto, um juízo de conhecimento; por consequência, não é lógico, mas estético, pelo qual entendemos aquilo cujo fundamento de determinação não pode ser senão subjectivo.” (KU, §1).
-- O modo estético do sentimento: O sentimento (estético) é o “modo como o sujeito se sente afectado pela representação” (§1).
-- O conceito de desinteresse /ausência de interesse/; distinção entre belo, agradável, bom e útil. §§ 2-5
- Liberdade e desinteresse
“Vê‑se facilmente que para dizer belo um objecto […] o que importa é o que eu descubro em mim em relação a essa representação e não aquilo pelo qual dependo da existência do objecto.” (KU, §3).
- Uma fenomenologia da experiência estética: Contemplação, prazer e juízo (reflexionante).
Leituras recomendadas
Leonel Ribeiro dos Santos, “A Concepção Kantiana Da Experiência Estética: Novidades, Tensões E Equilíbrios”, in Idem, Regresso a Kant. Ética, Estética, Filosofia Política. Lisboa: INCM, 2012, pp.301-348.
— A razão sensível. Estudos kantianos. Lisboa, Colibri, 1994 (“O estatuto da sensibilidade no pensamento kantiano”; “Lógica e poética do pensamento sensível; “Sentimento do sublime e vivência moral”).
— "Kant e o regresso à Natureza como paradigma estético", in Cristina Beckert (coord.), Natureza e Ambiente. Representações na cultura portuguesa. Lisboa, Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, 2001.
— "Kant e a ideia de uma poética da natureza", Philosophica 29 (2007), 19-33.
Adriana V. Serrão, A razão estética. O conceito de alargamento do pensar na Crítica da Faculdade de Julgar de Kant (diss. Mestrado, FLUL), 1985.
— Pensar a Sensibilidade: Baumgarten – Kant – Feuerbach, Lisboa, Centro de Filosofia da UL, 2007.
Manuel José do Carmo Ferreira, "O prazer como expressão do absoluto em Kant. No 2.º centenário da Crítica do Juízo", in Pensar a Cultura Portuguesa. Homenagem ao Prof. Doutor Francisco da Gama Caeiro, Ed. Colibri/ Dep. Filosofia da FLUL, 1993, 391‑402.