Sumários

Gestão da Avaliação - 3

19 Dezembro 2019, 16:00 António José Teiga Zilhão

Discussão oral dos ensaios finais. Conclusão do curso.


Gestão da Avaliação - 2

16 Dezembro 2019, 16:00 António José Teiga Zilhão

Exercício escrito presencial.

Entrega dos ensaios finais.


VI. Livre Arbítrio - 3

12 Dezembro 2019, 16:00 António José Teiga Zilhão

2. Argumentos Incompatibilistas e Contra-argumentos Compatibilistas aos mesmos.   

2.2. Argumento incompatibilista baseado no Princípio da Responsabilidade Última (PRÚ):

 i) A satisfação do Princípio da Responsabilidade Última (PRÚ) como uma condição necessária para que tenhamos livre arbítrio; ii) A satisfação do Princípio da Responsabilidade Última (PRÚ) como uma condição necessária para que seja possível atribuir responsabilidade moral aos agentes humanos; iii) A defesa pelo libertismo naturalista da tese de que, se o determinismo é verdadeiro, então o PRÚ não pode ser satisfeito; iv) A defesa pelo libertismo naturalista de que é uma tese empírica que os agentes humanos normais são, de facto, dotados de responsabilidade moral e de que, portanto, o PRÚ tem que ser verdadeiro; v) A conclusão libertista de que o determinismo é falso e, logo, o indeterminismo é verdadeiro; vi) O desafio que se coloca ao libertismo naturalista: como mostrar que o indeterminismo naturalista sustenta a verdade do PRÚ e, logo, possibilita que tenhamos livre arbítrio?; vii) A proposta positiva de R. Kane: a introdução do conceito de 'self-forming acts' e de uma teoria acerca dos mesmos; viii) Conclusão: a existência dos 'self-forming acts' permitiria que o PRÚ fosse verdadeiro e tornaria o indeterminismo naturalista compatível com o livre arbítrio.


2.2.1. A resposta compatibilista (de Dennett) ao Argumento incompatibilista baseado no Princípio da Responsabilidade Última (PRÚ): 
A teoria dos 'self-forming acts' de Kane é uma solução implausível para um problema inexistente:  i) O problema é inexistente: o argumento libertista que procura fundamentar o PRÚ nos 'self-forming acts' seria logicamente análogo ao 'Argumento do Mamífero Primeiro', o qual pretenderia provar que, para poderem existir mamíferos, teria que ter existido um mamífero primeiro; mas, obviamente, para que existam mamíferos hoje, não tem que ser o caso que tenha jamais existido um mamífero primeiro;  ii) A solução é implausível: o apelo para uma faísca indeterminista original que alegadamente se manifestaria nos 'self-forming acts' seria, na realidade, irrelevante, senão mesmo contraproducente, como fundamento para a atribuição de responsabilidade moral a quaisquer agentes; iii) Conclusão: o indeterminismo seria ainda menos compatível com a existência em nós de livre arbítrio do que o determinismo. 


Sessão de apresentação de projecto

9 Dezembro 2019, 16:00 António José Teiga Zilhão

Os estudantes foram convidados a assistir à sessão de apresentação do projecto "Os rascunhos d'Os Degraus do Parnaso de M. S. Lourenço", na BNL.


VI. Livre Arbítrio - 2

5 Dezembro 2019, 16:00 António José Teiga Zilhão

2. Incompatibilismo e Compatibilismo - Argumentos Incompatibilistas e Contra-argumentos Compatibilistas aos mesmos.  

2.1. Argumento incompatibilista baseado no Princípio das Possibilidades Alternativas (PPA): 

i) se temos livre arbítrio, então o PPA é verdadeiro; ii) se o determinismo é verdadeiro, então o PPA é trivialmente falso; iii) o comportamento do senso comum e o modo como entendemos as nossas próprias acções apoia-se sobre a suposição de que o PPA é trivialmente verdadeiro; iv) logo, a hipótese de que o determinismo seria verdadeiro choca (no mínimo) com o senso comum e põe em causa (no mínimo) o modo como entendemos as nossas próprias acções; v) por contraste, a suposição de que temos livre arbítrio deixa-se facilmente harmonizar com o senso comum e com o modo como entendemos as nossas próprias acções.  

2.1.1. Contra-argumento compatibilista ao argumento incompatibilista baseado no Princípio das Possibilidades Alternativas (PPA): 

i) é necessário distinguir entre o princípio metafísico da causalidade e o axioma físico da causalidade; ii) a verdade do PPA só é trivialmente contraditória com a hipotética verdade do determinismo quando o PPA é interpretado à luz do princípio metafísico da causalidade; iii) quando o PPA é interpretado à luz do axioma físico da causalidade, a sua verdade não é contraditória com a hipotética verdade do determinismo; iv) a suposição do senso comum de que o PPA seria trivialmente verdadeiro decorre da interpretação desse princípio à luz do axioma físico da causalidade e não à luz do princípio metafísico da causalidade; v) logo, nem a verdade do PPA, nem a existência de livre arbítrio, nem o senso comum, nem o  modo como entendemos as nossas próprias acções, têm que ser contraditórios com a possível verdade do determinismo.