Sumários

VI. Livre Arbítrio - 1

2 Dezembro 2019, 16:00 António José Teiga Zilhão

1. A Questão do Determinismo. 

1.1.  Universos regulares vs. Universos caóticos; 1.2. Tipos de Universos regulares: Universos uniformemente regulares vs. Universos não uniformemente regulares. Tipos de Universos uniformemente regulares: Universos deterministas vs. Universos indeterministas; 1.3. O problema do determinismo: algumas definições de determinismo (Laplace, van Inwagen, Dennett); 1.4. Algumas consequências contra-intuitivas que se seguem da hipotética verdade do determinismo; 1.5. Determinismo, Gigantismo informacional, Complexidade computacional, Horizonte epistémico humano e Incerteza. 


V. Consciência - 2

28 Novembro 2019, 16:00 António José Teiga Zilhão

Experimentos conceptuais com fenomenologias invertidas. Origem dos mesmos em John Locke no seu 'Essay', no âmbito de uma discussão em torno do cepticismo semântico. Sua introdução no contexto da Filosofia da Mente contemporânea como argumentos naturalistas contra o Fisicismo: 1) O experimento da colocação de lentes de contacto inversoras do espectro luminoso seguida de amnésia (de Sidney Shoemaker); 2) O experimento da Terra Invertida (de Ned Block). Conclusão de ambos estes experimentos: os qualia existem e não parecem ser caracterizáveis no âmbito de uma perspectiva fisicista. Logo, o Fisicismo seria falso. Tentativa de encontrar uma resposta naturalista à extracção de tais conclusões a partir destes experimentos: a tese de que a percepção seria transparente ou diáfana de Dennett, Putnam e Travis. 


V. Consciência - 1

25 Novembro 2019, 16:00 António José Teiga Zilhão

Clarificação do sentido relevante do termo 'consciência' para a Filosofia da Mente. O chamado 'problema duro' da consciência: a existência de qualia irredutíveis. Os diferentes argumentos que se propõem ilustrá-lo. 1. O Argumento Perspectival, de Thomas Nagel: os fenómenos conscientes constituiriam 'factos perspectivais'; os factos perspectivais seriam essencialmente invisíveis para as ciências da Natureza, as quais se construiriam a partir de um ponto de vista objectivo, ou 'de lado nenhum'; logo, os factos da consciência nem seriam capturáveis no âmbito daquelas ciências nem seriam recondutíveis às mesmas; o Fisicismo seria assim falso. 2. O Argumento do Conhecimento, de Frank Jackson: Mary, uma super-especialista em física, química, fisiologia e neurologia, encerrada desde a nascença num quarto a preto e branco, conhece tudo o que é possível conhecer no âmbito destas disciplinas; mas não conhece como é a vermelhidão de um tomate maduro até ver um pela primeira vez; logo, há conhecimentos factuais acerca da vida mental dos outros que não figuram na totalidade do conhecimento a esse respeito que pode adquirir-se no âmbito daquelas disciplinas; logo, o Fisicismo é falso. 3. O Argumento Modal, de David Chalmers: é possível conceber sem contradição mundos zombi, fisicamente indistinguíveis do nosso mundo, mas onde nenhuma actividade consciente teria lugar; isto mostraria que os factos da consciência, existentes no nosso mundo, seriam factos não-físicos, os quais não seriam capturáveis por qualquer conhecimento físico imaginável; isto aconteceria porque, ao contrário dos estados e propriedades não-básicos do mundo natural, os quais seriam de natureza funcional e seriam logicamente sobrevenientes nos estados e propriedades da micro-física, os estados e propriedades vivenciais da consciência seriam de natureza reconhecional e, enquanto tal, não seriam logicamente sobrevenientes nos estados e propriedades físicos subjacentes; deste modo, qualquer explicação reducionista de estados reconhecionais em termos de estados funcionais estaria condenada ao fracasso; logo, o Fisicismo seria falso. 


IV. Problema Mente-Corpo - 5

21 Novembro 2019, 16:00 António José Teiga Zilhão

O Funcionalismo (2). As duas linhas de pensamento nas quais a abordagem funcionalista em Filosofia da Mente se sub-divide: i) a posição da identidade funcional pura dos estados e processos mentais (e.g., Putnam); ii) a posição da especificação funcional dos estados e processos mentais (e.g., D. Lewis). Motivações subjacentes a cada uma delas. Críticas que cada uma delas dirige à outra.

 
As principais objecções ao pensamento funcionalista: i) a objecção de que o Funcionalismo seria incapaz de integrar os fenómenos conscientes, enquanto tais, no âmbito da teorização psicológica; ii) a objecção de que a recondução pelo Funcionalismo da discriminação entre atitudes proposicionais e entre os seus conteúdos à discriminação entre papéis causais seria largamente implausível; iii) a objecção de que a tese psico-funcionalista de que os conteúdos intencionais das atitudes proposicionais poderiam ser integralmente caracterizados em termos dos papéis inferenciais das estruturas que as realizariam mentalmente implicaria que os nossos sistemas cognitivos teriam que ser dotados de uma complexidade computacional de tal modo astronómica que a mesma seria incompatível com os recursos finitos da nossa biologia.


IV. Problema Mente-Corpo - 4

18 Novembro 2019, 16:00 António José Teiga Zilhão

O Funcionalismo (1). A posição funcionalista como uma das mais importantes posições do Monismo materialista conservacionista. Definições de 'funcionalismo', 'estado funcional' e 'descrição funcional'. Critérios de identidade para descrições funcionais. Descrições funcionais como descrições de programas. Analogia entre relação mente/cérebro e relação software/hardware e consequente defesa da posição de que a existência de uma Psicologia autónoma e irredutível é tão compatível com uma metafísica materialista como o é a existência de uma ciência autónoma da programação no âmbito da engenharia de máquinas. O problema semântico da determinação da referência dos termos teóricos de uma teoria empírica. Introdução do conceito de ramseyficação de uma teoria como modo de resolver este problema. Descrição do processo de construção da frase de Ramsey de uma teoria T e dos resultados que com ela se obtêm. A defesa por diferentes filósofos funcionalistas de que os termos com conteúdo mental do nosso discurso com conteúdo cognitivo deveriam ser entendidos do mesmo modo (funcional) que os termos teóricos o são após a recondução da teoria empírica T na qual eles ocorrem à sua frase de Ramsey.