Sumários

A emergência da História das Mulheres.

5 Outubro 2015, 18:00 Ana Maria Seabra de Almeida Rodrigues

As causas do surgimento do interesse pelo estudo da Mulher nos anos 1960 nas Ciências Sociais e na História. Os movimentos europeus e americanos de Libertação das Mulheres e o surgimento do Feminismo. A fase contributiva ou de acumulação da História das Mulheres: o problema das fontes; os estudos sobre as pioneiras e as “grandes mulheres”; o papel da mulher na vida pública; a esfera privada e a “cultura feminina”. A situação em Portugal: a ruptura do 25 de Abril de 1974; o empirismo e a ausência de teorização; a lenta e incipiente institucionalização nos anos 1990.


Discussão do texto de Teresa Levy, “Crueldade e crueza do binarismo”, in António Fernando Cascais (org.), Indisciplinar a Teoria. Estudos Gays, Lésbicos e Queer, s.l., Fenda, 2004, pp. 183-214. 


Bibliografia:

Laura Lee Downs, Writing Gender History. London: Hodder Arnold, 2004

Gerda Lerner, The Majority Finds Its Past: Placing Women in History, Oxford, Oxford University Press, 1981

Michèle Perrot, Les femmes ou les silences de l'histoire. Paris : Flammarion, 1998

Regina Tavares da Silva, «Estudos sobre as mulheres em Portugal, um olhar sobre o passado», Ex-aequo, 1, 2001, pp. 17-28.

Manuela Tavares, Movimentos de mulheres em Portugal. Décadas de 70 e 80, Lisboa, Livros Horizonte, 2000.

Françoise Thébaud, Écrire l’histoire des femmes. 2e réimp., Lyon: ENS Editions., 2001

Irene Vaquinhas, «Impacte dos estudos sobre as mulheres na produção científica nacional – o caso da História», Ex-aequo, 6, 2002, pp. 147-174.


A construção da História como ciência no séc. XIX: uma disciplina masculina.

28 Setembro 2015, 18:00 Ana Maria Seabra de Almeida Rodrigues

A emergência da História “positivista” ou “metódica” por oposição à História Romântica então em voga e do Historiador como um profissional por oposição aos jornalistas, publicistas ou simples “curiosos”. A consagração das ciências ditas auxiliares da História: paleografia, diplomática, numismática, epigrafia, etc. O desenvolvimento das Universidades e Academias e a recusa do seu acesso às mulheres; restrições ao seu acesso às Bibliotecas, Museus e outros lugares de cultura erudita. O difícil percurso das mulheres que quiseram ser historiadoras profissionais.


Discussão do texto de Gisela Bock, «História, História das Mulheres, História do Género», Penélope, 4, Nov. 1989, pp. 157-187.


Bibliografia:

Guy Bourdé e Hervé Martin, As Escolas Históricas, 2ª ed., Lisboa, Publicações Europa-América, 2003.

Peter Novick, That Noble Dream: The "Objectivity Question" and the American Historical Profession, Cambridge, Cambridge University Press, 1988.

Bonnie  G. Smith, “Gender, Objectivity and the Rise of Scientific History”, in W. Natter, Th. R. Schatzki, J. P. Jones III (ed.), Objectivity and its Other, New York/London, The Gilford Press, 1995, pp. 51-66.

Bonnie Smith, The Gender of History: Men, Women and Historical Practice, Cambridge, MA, 1998.


Apresentação

21 Setembro 2015, 18:00 Ana Maria Seabra de Almeida Rodrigues

Apresentação do programa, da bibliografia e do modo de avaliação.

A avaliação será contínua, baseada na participação dos alunos nos debates realizados na aula sobre textos previamente distribuídos (30%), e na realização de um ensaio de 15-20 páginas sobre um tema escolhido de comum acordo com a docente, apresentado numa aula e depois entregue por escrito (70%).