TP

25 Setembro 2015, 18:00 José Augusto Nunes da Silva Horta

Apresentação do docente e dos objectivos do seminário. 

A avaliação assenta numa componente principal, a elaboração de um trabalho de investigação baseado em fontes ou de um ensaio bibliográfico crítico sobre um tema da especialidade. A classificação final é ponderada pelo empenhamento e qualidade na apresentação  e discussão de leituras seleccionadas no decorrer das sessões.    

Comentário ao programa e à bibliografia.

Tópicos do programa (e planeamento provisório das sessões):

 

1. Apresentação do Seminário: temas, problemas, métodos de trabalho, fontes e  bibliografia. (1 sessão)

 

2. A definição do campo de investigação da História de África: reflexões actuais sobre os seus contornos espacio-temporais; uma África ou mundos africanos? Um obstáculo à autonomização deste campo de estudos: o impacto das representações da África e dos Africanos nos discursos historiográficos ocidentais e africanos ontem e hoje. (2 sessões)

 

3. As opções historiográficas: retrospectiva da génese, evolução e contradições  do campo de estudos. A superação do paradigma metodológico dominante na História para o reconhecimento académico da História de África. Novos pontos de partida: o aprofundamento crítico das metodologias e das conceptualizações; o alargamento do objecto nas suas interconexões com outras histórias, numa escala mundial. (3 sessões)

 

4. A complementaridade entre as diferentes fontes de informação da História de África. O problema da cobertura espacial pelas fontes escritas e o contributo da Linguística e da Arqueologia. Fontes orais: tradição oral e testemunhos vivenciais — discussão e balanço complexo da sua utilização; a análise de um caso paradigmático: a epopeia de Sunjata Keita como fonte histórica (3 sessões)

 

5. Aproximações tipológicas às fontes escritas europeias: as condições de produção dos textos e a sua selecção pelo historiador — o que é uma fonte “primária”  para a História africana? Problemas de autoria e de organização discursiva. Fontes escritas africanas e europeias: apropriações e filtros da comunicação. (2 sessões)

 

6. A descodificação cultural dos testemunhos: a análise das  representações     antropológico-geográficas como meio necessário para uma leitura rigorosa das fontes europeias. Aplicação do método em excertos de fontes seleccionadas. (2 sessões)

 

7. Da tradição oral às fontes escritas como fontes orais: os textos enquanto receptáculos críticos de testemunhos de proveniências diversas. A necessidade do cruzamento de fontes orais africanas, escritas europeias, Arquelogia e cultura material: a sua aplicação na resolução de problemas de história cultural oeste-africana. (1 sessão).