Sumários

Portugal d'Agora

8 Abril 2021, 15:30 Ernesto José Rodrigues

Um brasileiro sobre Portugal, na transição da Monarquia para a República: João do Rio, Portugal d'Agora.


Portugal d'Agora

8 Abril 2021, 14:00 Ernesto José Rodrigues

Sobre João do Rio, Portugal d'Agora (1911, 2020). 

Duas apresentações orais.


Da condição nacional

6 Abril 2021, 17:00 Ernesto José Rodrigues

 Olhares sobre a condição nacional.  

O Viriato (1904) de Teófilo Braga. 
Aquilino Ribeiro (1924).

Textos:

 A “narrativa epo-histórica” Viriato (1904), de Teófilo Braga, visa caracterizar a ‘alma portuguesa’ «desde as incursões dos Celtas e lutas contra a conquista dos Romanos até à resistência diante das invasões da orgia militar napoleónica», nos seguintes termos:

 

A tenacidade e indomável coragem diante das maiores calamidades, com a fácil adaptação a todos os meios cósmicos, pondo em evidência o seu génio e acção colonizadora;

Uma profunda sentimentalidade, obedecendo aos impulsos que a levam às aventuras heróicas, e à idealização efectiva, em que o Amor é sempre um caso de vida ou de morte;

Capacidade especulativa pronta para a percepção de todas as doutrinas científicas e filosóficas, […];

Um génio estético, sintetizando o ideal moderno da Civilização Ocidental, como em Camões, reconhecido por Alexandre de Humboldt como o Homero das línguas vivas.

[…] a ALMA PORTUGUESA achou no seu Poema a incarnação completa. (2008: 5)  


Aquilino Ribeiro, no Guia de Portugal (“O Português”, 1924), coloriu-nos de «sociabilidade», e, paradoxalmente, inaglutinação; pior, libelou-nos insolidários:

 

[…] O português é o homem mais sociável deste mundo. […] Onde o português chega, há tertúlia; desenvolve-se a afabilidade; alarga-se o halo humano. […] Essa expressão “é muito dado” existe apenas na nossa língua. Com ela se traduz a despreocupada lhaneza, espírito de comunicabilidade, nenhum preconceito nem timbre na vida das relações. Axioma: de todos os europeus o português é o mais tratável. […] Não há que discutir: o português é o bicho mais adaptável do universo. […]

Com certeza que significa ânimo prazenteiro, […]. Representa ainda gosto de folgar; tendência para a irradiação; abandono – vá – aos impulsos do bem ou do mal, para o caso pouco importa; efuzibilidade [sic]; descuido; hábitos de mentidero; sentimento atenuado das responsabilidades; uma certa lassidão perante a vida e uma certa filosofia de lazzarone que se resume em considerar a luta como coisa tonta e vã perante a eternidade.

E por cima de tudo, a coroar estes sentimentos, […] uma grande simpatia humana.

Sendo o português sociável por excelência, na vida prática, para lá da boa intenção, é o mais inaglutinativo dos viventes. E porquê? Porque associação implica vontade, disciplina, sobretudo esforço a longo prazo, […]. Mas nesta aversão pelo associanismo o elemento de repulsa não é representado pelo amor da liberdade […]. É antes rebeldia aos vínculos morais, atonia perante o dever social, impropriedade do seu individualismo para tudo o que tenha carácter colectivo. Fraterno, já dissemos que o era, mas duma fraternidade de casa da malta, sem sanção nem obrigação, toda eventual e caprichosa, pois. E, ó paradoxo, […] é insolidário com o próximo. Neste particular, a História Trágico-Marítima constitui o pior requisitório que se poderia instaurar contra um povo.


Férias

1 Abril 2021, 15:30 Ernesto José Rodrigues

Férias.


Férias

1 Abril 2021, 14:00 Ernesto José Rodrigues

Férias,