Sumários

Entendimentos de 'cultura'

28 Janeiro 2021, 15:30 Ernesto José Rodrigues

Considerações sobre História da Cultura em Portugal, Cultura Portuguesa, História da Cultura Portuguesa, História da Cultura dos Portugueses.

Entendimento de ‘cultura’ antes e depois de E. B. Tylor (1871). 
A ‘transmissão hereditária’ de T. S. Eliot (1948) contrariada pela ‘memória não hereditária’ de Lótman / Uspenskii (1971).
Oito definições operativas em Gustavo Bueno (1997).

Bibliografia:

Bueno, Gustavo, El Mito de la Cultura, Barcelona: Editorial Prensa Ibérica, 1997. [Bibliog. comentada nas p. 223-227]

Eliot, T. S. 1965 [1948, 1961. Notes Towards the Definition of Culture.]. Notas para a Definição de Cultura. Rio de Janeiro: Zahar Editôres. [Edição port.: 1996. Notas para Uma Definição de Cultura. Lisboa: Edições Século XXI]

Lótman, Iúri; Uspenskii, Borís A. [1971]. Sobre o Mecanismo Semiótico da CulturaIn: Iúri Lótman, Borís Uspenskii, V. Ivanóv. 1981. Lisboa: Livros Horizonte. 37-65.

Tylor, Edward B. 1883-1889 [1871]. Primitive Culture. New York: Henry Holt and Co., 2 vols.


Entendimentos de 'cultura'

28 Janeiro 2021, 14:00 Ernesto José Rodrigues

Considerações sobre História da Cultura em Portugal, Cultura Portuguesa, História da Cultura Portuguesa, História da Cultura dos Portugueses.
Entendimento de ‘cultura’ antes e depois de E. B. Tylor (1871). 
A ‘transmissão hereditária’ de T. S. Eliot (1948) contrariada pela ‘memória não hereditária’ de Lótman / Uspenskii (1971).
Oito definições operativas em Gustavo Bueno (1997).

Bibliografia:

Bueno, Gustavo, El Mito de la Cultura, Barcelona: Editorial Prensa Ibérica, 1997. [Bibliog. comentada nas p. 223-227]

Eliot, T. S. 1965 [1948, 1961. Notes Towards the Definition of Culture.]. Notas para a Definição de Cultura. Rio de Janeiro: Zahar Editôres. [Edição port.: 1996. Notas para Uma Definição de Cultura. Lisboa: Edições Século XXI]

Lótman, Iúri; Uspenskii, Borís A. [1971]. Sobre o mecanismo semiótico da cultura. In: Iúri Lótman, Borís Uspenskii, V. Ivanóv. 1981. Lisboa: Livros Horizonte. 37-65.

Tylor, Edward B. 1883-1889 [1871]. Primitive Culture. New York: Henry Holt and Co., 2 vols.


Plano de aulas

26 Janeiro 2021, 17:00 Ernesto José Rodrigues

Apresentação do programa, plano de aulas e bibliografia activa. 

 

Elementos de avaliação: dois exercícios escritos presenciais. 

Os estrangeiros podem redigir numa língua a combinar.  

Se útil ao aluno, aceita-se um trabalho preparado em casa e apresentado, individual e oralmente, na sala de aula. 

Datas dos testes: a combinar

 

 www.culturaport.blogs.sapo.pt

 

Exige-se uma frequência mínima de 75 por cento de aulas.  

 

Horário de atendimento: www.ernestorodrigues@campus.ul.pt; telemóvel / WhatSapp: 968047944: 5.ª feira, 19,30-20,30h. 

 

Objectivos. Estudar a representação de acontecimentos, mitos e temas da História de Portugal no pensamento, na literatura e nas artes, num quadro de relações interculturais e construções identitárias, concorrendo para uma ‘personalidade cultural portuguesa’ definida desde a Idade Média. Comprometer os estudantes no processo de investigação e na leitura de obras de referência que acompanhem os antecedentes e instauração do Liberalismo em Portugal, há 200 anos.

 

Conteúdos programáticos

 

Definições de cultura: enquadramento.

Períodos e movimentos culturais portugueses.

Portugal segundo os portugueses e na relação com o Outro (séculos XVI-XVIII): sociedade, política, religião e língua.

O património intangível, documental e monumental como inscrição renacionalizadora no século XIX.

No debate entre Progresso e Decadência, emergência de Camões e da solução provincial.

Revisões republicanas (1890-).

Sínteses antropológicas, psicanalíticas e culturais sobre a ‘personalidade cultural portuguesa’. 

  

Plano

 

1. Entendimento de ‘cultura’ antes e depois de E. B. Tylor (1871). A ‘transmissão hereditária’ de T. S. Eliot (1948) contrariada pela ‘memória não hereditária’ de Lótman / Uspenskii (1971). Oito definições operativas em Gustavo Bueno (1997). [Aula 1]

2. «Existe uma cultura portuguesa?» (Silva; Jorge, 1993) As épocas da cultura portuguesa, segundo A. J. Saraiva (32007).  O critério Dentro-Fora. [2]

3. Formas de ser e estar no Antigo Regime.

3. 1. Um olhar sobre nós e sobre o Outro, em termos morais, sociopolíticos, linguísticos, religiosos. Exemplos em Gil Vicente, Sá de Miranda, João de Barros, Fernando Oliveira, Pero de Magalhães de Gândavo, Fernão Mendes Pinto. [3-4]

3. 2. No espelho castelhano, sob a Monarquia Dual.  

3. 2. 1. O fervor da Língua, peça de resistência política, em Seiscentos. Idiossincrasias nacionais, segundo Duarte Nunes de Leão (1606). [5]

3. 2. 2. Tomé Pinheiro da Veiga, Fastigínia (1605). Portugueses, castelhanos, ingleses e italianos em diálogo. [6]

3. 3. O Padre António Vieira entre brancos, índios, escravos negros. [7]  

4. Apreciações de visitantes estrangeiros e olhares nacionais sobre os reinados de D. João V e D. José I. [8]

5. O país liberal: democracia, guerra civil, exílios. Almeida Garrett, síntese do Português novo, matriz do património cultural intangível. [9-10]

5. 1. Pensar Portugal na balança da Europa (1830) até à solidariedade da geração ultra-romântica com a Primavera das nações (1848-1849). [11]

5. 2. Um paradigma cultural: Camões, em Portugal e na Europa, desde o século XVI. [12]

5. 3. Outro paradigma cultural: a linhagem de Viagens na Minha Terra (1843-1993). [13]

6. Viajantes portugueses na sua e em terra alheia, confrontados com olhares estrangeiros, de Victor Hugo à Madame Rattazzi. [14-15]

7. O mito do Progresso e o contramito da Decadência.

7. 1. A. Herculano versus António Pedro Lopes de Mendonça (1853). [16]

7. 2. Na Geração de 70: Antero de Quental. Oliveira Martins e Eça de Queirós: “A catástrofe”. [17-18]

7. 3. ‘Portugal contemporâneo’ n’As Farpas de Ramalho Ortigão (1871-1883; 1887-1890) e na Crónica Ocidental (1878-1880) de Guilherme de Azevedo. [19-20]

7. 4. O Ultimatum (1890) e um país contrastante: humilhação e bancarrota (1892). A virulência da Imprensa: Alves Correia, João Chagas, Brito Camacho. Decadentismo e neogarrettianismo. [21]

8. Olhares sobre a condição nacional.

8. 1. A literatura e a caricatura ao serviço da República. O Viriato (1904) de Teófilo Braga. Aquilino Ribeiro. Um brasileiro entre Lisboa e Porto: João do Rio ([1909] 1911) [22]

8. 2. Na República: Fernando Pessoa. Teixeira de Pascoaes e A. Sérgio. [23]

9. Balanço de E. Lourenço (1978), ou os três traumas da História nacional: trauma das origens, em que um filho se rebela contra a mãe (24-VI-1128); (2) trauma de «um povo naturalmente destinado à subalternidade» (última edição: 72010: 27), emergindo de 60 anos de domínio castelhano (1580-1640); e «o traumatismo-resumo de um século de existência nacional traumatizada» (p. 30) sob figura de Ultimatum inglês (11-I-1890).  

9. 1. A leitura de E. Lourenço por Maria de Lourdes Belchior (1978, 1982), acrescida de síntese de Jorge Dias (1950) e outras. [24]

9. 2. Balanço de A. J. Saraiva, entre a polémica com Fernando Castelo Branco, “Universalismo, Particularismo ou Cosmopolitismo” (Litoral, 1, Junho; 3, Agosto-Setembro de 1944), e O Que É Cultura (1993).  [25]