Sumários
A viagem de Fernão de Magalhães (aula ministrada por Jorge Semedo de Matos)
3 Março 2021, 16:00 • Ângela Vieira Domingues
Uma viagem ao serviço de Carlos I de Espanha/V do Sacro Império. A origem de Fernão de Magalhães e a experiência adquirida nas viagens no Oriente e ao Norte de África (Índia, Banda, Malaca, Molucas, Azamor). O projeto de alcançar as Molucas navegando para Ocidente: um projeto antigo, apresentado de novo a Carlos V. A viagem (1519-1522): as escalas, a travessia do Estreito de Magalhães, o motim da nau Santo António, a entrada no oceano Pacífico pelo cabo Desejado, a travessia do Pacífico em 3-4 meses, a chegada às Filipinas em 1521, um labirinto cheio de obstáculos e perigos, a importância da colaboração de pilotos orientais a partir das Filipinas, a chegada e Cebu, a morte de Fernão de Magalhães e o massacre dos espanhóis, a chegada às ilhas das especiarias (Molucas e o cravo); a noção da viagem de Magalhães-El Cano como uma "viagem redonda": saída de um porto (Sevilha) para regressar ao mesmo porto (Sevilha).
Ciência, tecnologia, saberes locais e império no mundo atlântico: a colaboração estabelecida entre portugueses e comunidades indígenas. Uma comparação entre as principais linhas de expansão portuguesa e espanhola
24 Fevereiro 2021, 16:00 • Ângela Vieira Domingues
Ciência, tecnologia, saberes locais e império no mundo atlântico: a colaboração estabelecida entre portugueses e comunidades indígenas. Uma comparação entre as principais linhas de expansão portuguesa e espanhola: uma cronologia. A anterioridade da expansão portuguesa e a existência de viagens de referência no Atlântico (Gil Eanes, Diogo Cão, Bartolomeu Dias, Vasco da Gama e Pedro Ávares Cabral), a celebração de tratados diplomáticos de partilha de áreas de influência entre as duas coroas ibéricas no seu processo expansionista, a intervenção do Papado, a rendição de Granada e a viagem de Cristóvão Colombo (1492), a formação e o fortalecimento da Espanha dos Reis Católicos (1512), a rotas das Índias de Castela, a navegação do Pacífico e a rota do Galeão de Manila.
A náutica nos Descobrimentos (aula ministrada pelo Comandante Jorge Semedo de Matos)
17 Fevereiro 2021, 16:00 • Ângela Vieira Domingues
A primeira base de navegação europeia: a navegação no Mediterrâneo e no Atlântico Norte de porto a porto e por contagem de navegação e distância; as rosas dos ventos e as 32 direções. Os textos portulano e as cartas portulano como ponto de partida para os Descobrimentos e a Expansão Portuguesa; as teias de rumos. A navegação em mar-alto e as técnicas de observação das estrelas e astros; os ventos dominantes; os instrumentos utilizados. A agulha de marear, magnética ou bússola: um instrumento que veio da China? A declinação magnética e as formas de correção do desvio magnético da bússola, as toletas de Marteloio. A progressão pela costa ocidental e centro-oeste africana e a dificuldade da viagem de regresso. Um marco importante: a dobragem do cabo Bojador por Gil Eanes (1434). Os sistemas de ventos e correntes predominantes no Atlântico Sul como condicionalismo de navegação e a volta pelo largo. Uma nova técnica de navegação: a latitude em mar alto e os cálculos associados à Estrela Polar; a pesagem do Sol; as dificuldades na medição das longitudes até ao século XVIII. Outros marcos determinantes: as 2-3 viagens de Diogo Cão, a viagem de Bartolomeu Dias, a dobragem do Cabo da Boa Esperança e a passagem do Atlântico para o Índico (1489); a viagem de Vasco da Gama e a chegada à costa ocidental indiana (1498). A navegação no Índico e as condicionantes determinadas pelas monções. A colaboração de guias e pilotos locais na armada de Vasco da Gama a partir da costa de Moçambique e o processo de aprendizagem náutica com marinheiros árabes-persas e malaios. Os guias náuticos: as regras de navegação astronómica, os cálculos de latitudes pela E. Polar e pelo Sol. as tábuas de declinação, os regimentos de horas noturnas e as regras de pilotagem. Os roteiros e diários de navegação: a descrição de dados técnicos para os pilotos seguirem viagem. Os livros de marinharia: textos escritos por várias mãos e reunidos como dossiers profissionais organizados pelos pilotos, espontâneos, sem configuração estandardizada, com descrições de perigos da viagem. A colaboração de pilotos locais nas navegações portuguesas: chineses, javaneses, malaios, bornéus, léquios, filipinos. O descobrimento da navegação no Atlântico como um fenómeno que demorou um século; o descobrimento da navegação no Índico como um processo simbiótico do conhecimento europeu e dos conhecimentos locais nas rotas e na navegação
Uma introdução à História dos Descobrimentos e da Expansão: cartografia, náutica e abertura do Mundo
10 Fevereiro 2021, 16:00 • Ângela Vieira Domingues
A aliança entre os descobrimentos e a expansão com a ciência e a técnica. A incorporação gradual do Atlântico no horizonte mental dos portugueses e as viagens marítimas ibéricas. Alterações cartográficas e de representação do globo. A participação de novos estratos sociais e profissionais na expansão ibérica. Uma introdução à História dos Descobrimentos e da Expansão: cartografia, náutica e abertura do Mundo. A representação cartográfica da expansão durante a Modernidade
A internacionalização da história e da historiografia dos descobrimentos e da expansão portuguesa
3 Fevereiro 2021, 16:00 • Ângela Vieira Domingues
A internacionalização da história e da historiografia dos descobrimentos e da expansão portuguesa. Os novos caminhos historiográficos. A Atlantic History como uma referência teórico-metodológica e as críticas que lhe têm sido movidas por outras correntes historiográficas.