Sumários

A população europeia: da Alta Idade Média à Peste Negra

14 Fevereiro 2020, 10:00 João dos Santos Ramalho Cosme

Sinal de mutação da Europa, com um certo crescimento demográfico: as causas negativas do crescimento desaparecem, não havendo guerra. A Europa passa agora a conquistar (Cruzadas); novos espaços adquiridos ao mar, como Amesterdão; primeiras campanhas marítimas de conquista; dinâmica de mobilidade. A paz vai possibilitar a dinamização económica da agricultura e do comércio. Na segunda metade do século XIII, a Europa viveu sob uma dinâmica de crescimento populacional, sobretudo em algumas regiões, tais como em França, com maior capacidade agrícola, principalmente nas zonas com alta densidade demográfica. A ideia de Mundo Cheio: Esta melhoria no aprovisionamento dos alimentos vai trazer uma maior capacidade ao nível alimentar dos humanos (aumento do consumo de carne na alimentação e de peixe). A introdução de novos alimentos nos hábitos alimentares constitui uma melhoria em termo de resistência às doenças. Por outro lado, o clima de paz que se vivia então, foi também benéfico para a demografia. Assim, o clima de paz, associado às novas técnicas agrícolas e alimentares, possibilitaram a expansão demográfica. Esta nova realidade e bem-estar possibilitam a manutenção ou o aumento de taxas de nupcialidade e de natalidade. Os sinais de desacelaração e até mesmo de crise populacional nos primeiros anos do século XIV (antes da Peste Negra).


A população europeia: da Alta Idade Média à Peste Negra

11 Fevereiro 2020, 10:00 João dos Santos Ramalho Cosme

Realidade político-higio-económica da Europa, entre os séculos V e VII. Consolidação do modelo de família nuclear (poder decisório para os casados), muito graças ao Cristianismo, em oposição ao modelo estrutural visigótico, de família troncal (poder decisório e económico no mais velho. No modelo de família nuclear, a reprodução é menor. Século VIII: Invasão árabe à Península Ibérica (Batalha de Guadelete até Poitiers, derrotados por Carlos Martel, em 732); Europa do Sul sofre invasões e investidas árabes, com frotas vindas do Norte de África a atacarem a França e a Itália; Século IX: Invasão Viking no litoral da Europa do Norte. Grande capacidade naval, destruição e massacre de populações costeiras.


O pensamento demográfico dos autores ingleses

7 Fevereiro 2020, 10:00 João dos Santos Ramalho Cosme

O pensamento demográfico dos autores ingleses: Os autores que interligam a população e os recursos e os que pretendem estudar a população como variável independente. O nascimento da estatística em meados do século XVIII. Pensamento de Malthus - Os três eixos do pensamento deste autor: relação entre população e recursos, os obstáculos e os remédios.


Metodologia de Investigação. Objecto da cadeira: História Económica e Social

4 Fevereiro 2020, 10:00 João dos Santos Ramalho Cosme

O seu domínio parece comprometer-se com a reconstrução e estudo das actividades económicas humanas do passado. É muito difícil isolar o económico do social. Todavia, actualmente, encontramos Revistas de História Económica. Nestes trabalhos recorre-se a metodologias quantitativas e seriais. (Existe uma inter-disciplinaridade com a economia). «A sociedade portuguesa de Antigo Regime encontrava-se ainda bem distanciada das nossas economias de mercado, não organizando a vida económica geral na base da liberdade de produzir e consumir, assim submetendo frequentemente a circulação económica a dominações e constrangimentos sociais e simbólicos importantes, nomeadamente em função da estamentação oficial dominante» (Ivo Carneiro de Sousa, História de Portugal Moderno, …, p. 25).

Ideias Demográficas: Pensamento de Santo Agostinho, S. Gregório e de S. Tomás de Aquino: o retomar de uma atitude populacionista.

Tempos Modernos: As ideias respeitantes à população emancipam-se das questões religiosas da Idade Média e passam a depender das preocupações políticas e económicas. As atenções passam a concentrar-se menos no transcendente e mais no imanente. Procura-se descobrir a forma mais adequada de organizar as sociedades e viver melhor a vida terrena. O culto pelo ideal mais material está associado à valorização do Poder e do Estado. Maquiavel (1467-1527), Campanela (1568-1639) e  Botero (1540-1617).


Conceito de História Moderna e propostas de cronologia

31 Janeiro 2020, 10:00 João dos Santos Ramalho Cosme

Historiografia antiga: a data de começo da época moderna aquando da queda de Constantinopla às mãos do mundo muçulmano, em 1453. A data de término da época moderna assenta na viragem de uma situação política importante na Europa: Revolução Francesa de 1789. Face às especificidades de cada país, os historiadores já não são unânimes quanto á periodização da Época Moderna. Notar com Pere Molas que, «toda periodificación es arbitaria, artificiosa y criticable. Sin embargo, debe aceptar-se algún criterio que ordene conceptualmente la continua evolución de las sociedades humanas a lo largo del tiempo». A cronologia económica e social nem sempre é coincidente com a cronologia política. A historiografia marxista também têm alguma dificuldade em caracterizar o período moderno, pois fala no feudalismo e no capitalismo (modelos económicos e sociais) sem encontrar um modelo para este período. Para Pere Molas, no período moderno deu-se «El incremento demográfico, combinado com una estrutura desigual, producía el aumento del número de pobres y desvalidos. Ésta era la situación a fines de la Edad Moderna, en el momento en que alboreaban nuevas formas de organización del trabajo industrial y de la vida en su conjunto». O Antigo Regime terminou com um processo duplo: económico e técnico por um lado e ideológico e político por outro.

  Ambos convergem nos últimos anos do século XVIII.