O lugar de Gil Vicente na corte e no programa dos reis Manuel e João III
29 Outubro 2015, 08:00 • Maria João Monteiro Brilhante
A partir da cronologia das circunstâncias associáveis a GV tais como informação acerca das representações dos autos, vínculos formais com a corte e o rei, trabalhos que lhe são atribuídos, dados biográficos etc. procurou-se restaurar o lugar que teve o teatro na vida da corte e interrogar a sua autonomia relativa face à própria dinâmica política da corte.
Foram abordados diversos aspectos relacionados com a Compilação e a sua importância para o conhecimento que podemos ter da prática artística de GV, mas também das condições da sua intervenção.
Leu-se em voz alta o Processo de Vasco Abul de Anrique da Mota para reconhecermos um texto que remete para um evento lúdico na corte (1509-1511) no qual GV participou com outros homens da corte e que Garcia de Resende registou no seu Cancioneiro Geral que reune a produção lírica produzida na corte. Análise de marcas de dramaticidae e de performatividade destes diálogos.
Importância destes exemplos para relacionar com a produção de GV e a sua complexidade e grau de autonomia poética.