Sumários

Breve contextualização histórica da antiga Mesopotâmia

1 Outubro 2024, 11:00 Maria de Fátima Castanheira da Silva Rosa

Desafios da Assiriologia:

  • As pilhagens;
  • As falsas reconstituições.

Breve contextuação histórica da antiga Mesopotâmia:

  • O período de Uruk;
  • O período Dinástico Inicial:
    • O En;
    • Aparecimento do estado, da literatura, das "leis";
    • A hegemonia regional de Lugalzaggesi.
  • O período Acádico:
    • Sargão de Akkad e a expanção;
    • A nova capital.



A decifração da escrita cuneiforme / o tratamento e a edição das fontes

26 Setembro 2024, 11:00 Maria de Fátima Castanheira da Silva Rosa

As escavações na Babilónia:

  • A porta de Ishtar;
  • A via processional.
A decifração da escrita cuneiforme:
  • O papel de Henry Rawlinson;
  • O rochedo de Behistun.

O tratamento e a edição das fontes:

  • Conservação e restauro - colagem de vários fragmentos;
  • Cuneiforme - uma escrita tridimensional;
  • A edição do texto:
    • Fotografia;
    • Cópia autografada;
    • Transliteração;
    • Transcrição;
    • Tradução.

Os desafios actuais da Assiriologia:

  • Definição de uma cronologia;
  • Importância das diferentes rotas;
  • Identificação de alguns arqueossítios;
  • Debate sobre a noção de fronteira e de estado territorial;
  • As alterações climáticas.


A geografia e as primeiras escavações na antiga Mesopotâmia

24 Setembro 2024, 11:00 Maria de Fátima Castanheira da Silva Rosa

A geografia da antiga Mesopotâmia:

  • Os diferentes nichos ecológicos (estepes, deserto, região de aluvião);
  • Os rios;
  • As montanhas, a complementaridade e o espaço divino;
  • Os mares como limites: o Mar Inferior e o Mar Superior.

As primeiras escavações:

  • Paul Émille Botta em Khorsabad;
  • Austen Layard em Nimrud e Nínive.


Introdução ao estudo da Assiriologia: terminologia e surgimento da disciplina

19 Setembro 2024, 11:00 Maria de Fátima Castanheira da Silva Rosa

O que se entende por Assiriologia:

  • Diferentes entendimentos sobre a disciplina científica;
  • O contexto das primeiras escavações e o surgimento do termo;
  • Os conceitos de Próximo e Médio Oriente antigo;
  • O Orientalismo e a visão eurocêntrica.

As fontes para o estudo da Assiriologia:

  • Fontes materiais;
  • Fontes textuais (Documentação de Arquivo; Documentação monumental; Documentação Literária).
  • Fontes externas (Autores greco-romanos, Antigo Testamento e Autores árabes).


Apresentação dos conteúdos programáticos e dos métodos de avaliação

17 Setembro 2024, 11:00 Maria de Fátima Castanheira da Silva Rosa

INTRODUÇÃO À ASSIRIOLOGIA

 

§  Objectivos da disciplina

o   reconhecer e entender a importância do legado da civilização mesopotâmica bem como a sua influência nas sociedades e culturas vindouras;

o   ser capaz de identificar os traços distintivos dos diferentes povos e culturas que proliferaram no espaço do antigo país de entre os rios;

o   reconhecer as dinâmicas e os sincretismos religiosos, políticos e culturais que tiveram lugar ao longo dos três milénios de história da Mesopotâmia;

o   desenvolver capacidades de exposição oral e escrita.

 

 

§  Programa

 

1.       Introdução ao estudo da Assiriologia

1.1.  As fontes textuais e as fontes materiais;

1.2. As metodologias de trabalho e os desafios actuais.

                               2. Enquadramento espácio-temporal e arqueologia

2.1. A geografia e a economia da terra entre os rios;

2.2. As inovações tecnológicas e a origem do urbanismo;

2.3. As características das cidades e os elementos de construção.

3. Ideologia real e sociedade

3.1. O rei como lugar-tenente dos deuses;

3.2. A sociedade e a sua organização: exemplo da Estela de Hammu-rabi;

3.3. A justiça real e a justiça divina: as súplicas e as lamentações.

 

4. A religião e a arte mesopotâmicas

4.1. Características da religião mesopotâmica

4.2. Introdução às narrativas mítico-poéticas:

                - O ciclo de Inanna e Dumuzi

                - O Mito de Etana

4.3. A arte: a cultura material, os baixos-relevos, a glíptica e a estatuária.

 

 

§  Métodos de avaliação

Existem três elementos de avaliação:

Dois elementos escritos, uma frequência, a realizar no final do semestre, e um trabalho, que consiste na elaboração de um comentário crítico a uma fonte. Cada um destes elementos de avaliação tem um peso de 45 % na avaliação final.

                Assiduidade: o aluno deve assistir presencialmente a todas as sessões, tendo a assistência às aulas um peso de 10% na avaliação final.

 

§  Datas

Entrega do comentário: 3 de Dezembro de 2024

Frequência: 07 de Janeiro de 2025

 

 

§  Normas para o comentário

O trabalho consiste na elaboração de um comentário crítico individual, com o máximo de 5 páginas (excluindo anexos e bibliografia), onde deve ser apresentada uma reflexão sobre o baixo-relevo em exposição no Museu Calouste Gulbenkian, que será alvo de uma visita de estudo. Deve ser realizada uma investigação cuidada sobre esta fonte. A análise deve conter os seguintes tópicos de forma desenvolvida e suportada em bibliografia especializada:

o   Características da peça e sua função na Antiguidade;

o   Estudo da figura divina representada e sua associação com a ideologia real;

o   Análise das dimensões simbólicas patentes na fonte.

Fonte:

o   Baixo-relevo de apkallu em exposição no Museu Gulbenkian

o   Referências bibliográficas base:  Kertai, D. (2015). “The Original Context of a Winged Genie”. In A. de Freitas, ed. Atas do Colóquio Arte da Mesopotâmia, 44-63. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian.

 

Repositórios online para pesquisa de bibliografia especializada:

o   Catálogo online da Universidade de Lisboa: https://catalogo-bibliotecas.ulisboa.pt/

o   Jstor: https://www.jstor.org/  

o   Academia: https://www.academia.edu/

o   Google Scholar: https://scholar.google.com.br/schhp?hl=pt-PT

A formatação deve seguir a norma: Times New Roman, tamanho 12, espaçamento 1,5; tamanho 10 e espaçamento simples para as notas de rodapé. A bibliografia e os anexos não contam para o limite de páginas.

O trabalho deve ser, obrigatoriamente, entregue em papel (em aula) e enviado por email para o endereço mfcr@edu.ulisboa.pt , até ao dia 3 de Dezembro de 2024.

 

 

Contacto da docente para marcação de reuniões e esclarecimento de dúvidas

Maria de Fátima Rosa, mfcr@edu.ulisboa.pt

 

 

Indicações bibliográficas

 

Anastasio, S. 2011. Costriure tra i due fiume. Firenze: Museo e Istituto Fiorentino di Preistoria "Paolo Graziosi".

 

Brisch, N. ed. 2008. Religion and Power. Divine Kingship in the Ancient World and Beyond. Chicago: The Oriental Institute of the University of Chicago.

 

Black, J. e Green, A. 1992. Gods, Demons and Symbols of Ancient Mesopotamia. An Illustrated Dictionary. London, British Museum Press.

 

Bottéro, J. e Kramer, S. N. 1993. Lorsque les dieux faisaient l'homme. Mythologie mesopotamienne. Paris: Éditions Gallimard.

 

Crawford, H. ed. 2013. The Sumerian World. London and New York: Routledge.

 

Dalley, S. 1998. Myths from Mesopotamia. Creation, the Flood, Gilgamesh, and others. Oxford: Oxford University Press.

 

Electronic Texts Corpus of Sumerian Literature, http://etcsl.orinst.ox.ac.uk/ .

 

Finkel, I. e Taylor, J. 2015. Cuneiform. London: British Museum Press.

 

Foster, B. 1993. Before the Muses. An Anthology of Akkadian Literature. Bethesda – Maryland: CDL Press.

 

Joannès, F. dir. 2001. Dictionnaire de la civilisation mésopotamienne. Éditions Bouquins.

 

Leick, G. 2003. Mesopotâmia. A Invenção da cidade. Rio de Janeiro: Imago.

 

Leick, G. ed. 2007. The Babylonian World. London and New York: Routledge.

 

López, J. e Sanmartín, J. 1993. Mitología y Religión del Oriente Antiguo I Egipto – Mesopotamia. Sabadell: Editorial Ausa.

 

Margueron, J.-C. 1991. Les Mesopotamiens. Tome I: Le temps et l’espace; Tome II: le cadre de vie et la pensée. Paris: Armand Colin.

 

Montero Fenollós, J. L. 2012. Breve Historia de Babilonia. Madrid: Nowtilus.

 

Pollock, S. 1999. Ancient Mesopotamia. Cambridge: Cambridge University Press.

 

Reade, J. 2012. Assyrian Sculpture. London: The British Museum Press.

 

Roux, G. 1997. Mesopotamia. Historia política, económica y cultural. Akal: Madrid.