Intergovernamentalismo
9 Novembro 2017, 16:00 • João dos Santos Ramalho Cosme
Como explicar a integração europeia? Segundo Hoffmann, "pode ser explicado pela conjectura de experiências comuns e a existência de personalidades-chave". Exemplos dados por este Autor: o nascimento do sistema monetário europeu na década de 1970, graças ao chanceler alemão Helmut Schmidt e ao presidente francês Valéry Giscard d’Estaing, bem como a personalidade de Jacques Delors como Presidente da Comissão Europeia (1985-1995). Stanley Hoffmann não propõe uma teoria, (a saber, um sistema de causalidades), mas a enumeração de um conjunto de factores variáveis ou, mais geralmente, de elementos que devem ser levados em consideração na análise do processo de construção europeia, termo que prefere ao da integração europeia. A abordagem de Hoffmann é pluralista e centrada no Estado (state-centred pluralistic and structured approach), será guiada por quatro proposições centrais: 1. A distinção entre Estado e sociedade é o ponto de partida necessário e deve ser entendida como uma bússola para análise; 2. O Estado-Nação é um sistema social no qual o Estado desempenha um papel papel decisivo (autonomia, poder estatal, eficácia do Estado); 3. Cada estado é específico e deve ser analisado tendo em conta as variáveis estruturais, processuais e ideológicas; 4. A margem de manobra de cada Estado é limitada principalmente por restrições económicas externas. Para Hoffmann, há sempre uma preponderância da política sobre a economia, e é por isso que a análise da actividade estatal é importante. Os neorealistas estão convencidos de poder prever o futuro das relações internacionais com base num conjunto de pressupostos, o mais central é a preponderância do Estado no sistema internacional que determina os seus interesses e comportamentos.