O intergovernamentalismo

20 Novembro 2017, 16:00 João dos Santos Ramalho Cosme

Na década de 1960, Graham Allison, as políticas nacionais e internacionais estão intimamente ligadas. Os níveis de análise estão imbricados e não são independentes ( Dois níveis de análise); na década de 1980, com Robert Keohane  apelou à construção de “melhores teorias de políticas internas, processos de tomada de decisão e uso de informações para que o fosso entre o ambiente interno e externo das políticas internacionais pudesse ser preenchido de forma sistemática”. Robert Putnam, em 1988, defendeu que de acordo com o jogo de dois níveis, os processos que ocorrem dentro de um Estado influenciam significativamente o seu comportamento ao nível internacional. E o que acontece a nível internacional, por sua vez, influencia a política a nível nacional. Andrew Moravcsik, teorizador do “intergovernamentalismo liberal”, procura demonstrar que as preferências nacionais que são representados e apresentadas a nível internacional têm origens nacionais. Andrew Moravcsik argumenta que as preferências interdependentes do Estado determinam o comportamento dos Estados. Cada Estado tenta satisfazer suas próprias preferências, levando em consideração as restrições representadas pelas preferências de outros Estados. A interdependência da cena internacional produz externalidades, isto é, consequências negativas (custo) ou positivas (benefícios) para cada Estado. As instituições europeias são agências criadas pelos Estados-Membros apenas com o objectivo de aumentar a eficiência da negociação inter-estadual e a autonomia dos líderes políticos em relação aos grupos políticos que compõem a arena política nacional. O  intergovernamentalista realista (Grieco e Mearsheimer), concentram-se no aspecto da política externa e militar enquanto o intergovernamentalismo liberal (Andrew Moravcsik), defende uma visão baseada na economia política internacional.