A Ásia na sociologia histórica de Max Weber
24 Outubro 2019, 08:00 • Luís Filipe Sousa Barreto
A partir de meados do século XVIII crescem as avaliações comparativas entre a Ásia e a Europa assentes no pressuposto da Ásia como espaço simultâneo mas não contemporãneo da Europa .Crescem em domínios como a economia,o comércio internacional, as leis,as liberdades individuais,as ciências e técnicas , etc, proclamações de distanciamento e de oposição como vemos em , por exemplo ,Montesquieu, D. Smith, Malthus, Condorcet.
No século XIX , a triunfante Civilização Industrial em crescentes zonas da Inglaterra,Alemanha,E. Unidos,França vem aumentar esta representação da China, Índia ,Japão,Islão como historicamente bloqueados frente ás Luzes e aos Progressos do "Ocidente ".Em 1750 a China produzia um terço das manufacturas mundiais, a Índia um quarto e a Europa menos de um quinto. Em 1830 a Europa já tinha superado a índia e estava mesmo ligeiramente á frente da China.Em 1920 , 84% da produção industrial -manufactureira mundial é da Europa e dos E. Unidos.
Max Weber ( 1864- 1920 ) , através da sociologia histórica comparada das éticas sociais e das Grandes Religiões quer contribuir para a explicação desta Grande Divergência de "Desenvolvimento /Modernidade " .Os valores tradicionais da Cosmovisão Chinesa e do Budismo são vistos como obstáculos ao Racionalismo e ao Capitalismo Industrial .As Cinco Relações Filiais, as Cinco Felicidades,as Cinco Qualidades Morais,as Quatro Nobre Verdades do Budismo surgem como limitações próprias ao avanço e triunfo da Civilização Industrial.
Breves elementos de contextualização de Fukuzawa Yukichi (1835- 1901) e da sua obra " Bunmeiron no gairyaku ",1875
bibliografia mencionada:
Fukuzawa Yuckichi-
An Outline of a Theory of Civilization, N. York,Columbia U . Press,2009.