17 Outubro 2019, 08:00
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Luís Filipe Sousa Barreto
A primeira globalização moderna, marítima e mercantil , faz desaguar na Europa Atlântica crescente informação e conhecimento sobre matérias e regiões asiáticas .Em quantidade e qualidade crescem os dados e as representações acerca da China Ming, da Índia /Índico ,da Pérsia e Turquia Otomana e também acerca do Japão, Tibete,Vietname,Ryukyu,mundos Malaio,Javanês,Tailandês,etc. A partir de 1530-1540 em círculos de Corte e de Universidade surge uma certa acumulação e tratamento destes novos horizontes de informação e conhecimento ( biblioteca de livros,mapas,manuscritos chineses e persas de João de Barros em Lisboa,primeira cadeira de árabe e primeira gramática latina impressa de Árabe com G. Postel em Paris,primeira tradução latina impressa do Corão em Zurique,1543,a biblioteca de livros orientais na Universidade de Leiden em 1670 ,etc).
A Globalização Marítima dos séculos XVI e XVII é uma revolução ecológica que desloca plantas e técnicas alimentares entre os Continentes ( palavra recente do século XVI ) : alguns exemplos chave.É também uma revolução comercial consumista para grupos minoritários de Corte,Cidade,Porto,que asiatiza gostos e modas,coisas manufacturadas e colecções .Uma Asiatização crescente da cultura material europeia com implicação nas ideias acerca de Modelos de organização social.
A constante da Proximidade física e técnica no espaço gerar mais contactos / informações mas ao
mesmo tempo mais concorrência,conflitualidade,antagonismos : o Islão Otomano ás portas da Europa.A constante do máximo afastamento físico em contemporaneidade técnica gerar maior afinidade/proximidade :a China como Modelo e Paraíso das Manufacturas a consumir e imitar . A Europa e a China como Pólos da Eurásia em Leibniz,1697.
Adam Smith,1776 e a China como bloqueada : a queda do Modelo e a China como passado a partir do século XIX no olhar predominante dos europeus.