Andamentos e Transformações nos processos de conhecimento das Ásias da Ásia

23 Outubro 2018, 10:00 Luís Filipe Sousa Barreto

Aula 11

23-10-2018


 

Do s. VII-VIII ao século XV China, Islão, Europa e os diferentes ritmos de informação e conhecimento em matérias asiáticas. A China como vanguarda desse saber: Du Yu (735-812), o Tongdian/”História Enciclopédia das instituições” e o conhecimento do islão em chinês. O “Gabinete dos Interpretes” em 1276 e em 1407 o “Gabinete dos Estrangeiros das Quatro Direcções”. As listas de vocabulário /hua-yi hu em chinês de Mongol, Uighr, Jurchen, Coreano, Persa, Tibetano, Anamita, Tai, Birmanês, Malaio, Japonês, Ryukyu, Cambojano, etc., de tópicos chave dos “Céus” ao “Corpo Humano”.

Alguns textos persas e árabes sobre a China: em 851 o chamado “Livro de Soleimão” com a viagem marítima do Golfo Pérsico à China/Fujian. Os juncos chineses de Kuanzhou em Bassorá. Al Biruni (973-1048) e a descrição da Índia, Ibn Batuta (1304-1377) e a “Rihla” entre 1325 e 1350.

Entre os séculos XVI e XVIII a Europa começa a acumular e especializar informação e conhecimento sobre Ásias da Ásia: uma primeira idade de saber europeu específico, especializado, cumulativo e progressivo. Os pólos do saber europeu de Ásia (s. XVI-XVIII). Comércio internacional, consumo e conhecimentos.

Da matéria Asiática, a língua árabe, como prática de intérprete/tradutor e como conhecimento universitário. Da edição latina do Alcorão (Zurique/1543) à cadeira de árabe em Paris no Collége de France/1539. Em 1543/Paris a Grammatica Arabica (latina) de Guilherme Postel (1510-1581). O elogio da Turquia/I. Otomano em 1559 no mundo académico, humanista, universitário e a imagem dominante do Islão/Turco como ameaça à Europa. Saberes, poderes, interesses, pró e contra.