Sumários

As grandes mudanças na história africana (continuação). Considerações sobre o trabalho final.

14 Novembro 2024, 09:30 José Augusto Nunes da Silva Horta

Continuação do comentário à proposta de Catherine Coquery-Vidrovitch — a abertura ao Atlântico e a abertura de longa duração da África ao Índico: consequências na circulação de plantas alimentares, reinvenção das dietas alimentares e construção das paisagens actuais. Congruências e complementaridades ecológicas (internas e externas). Mutações internas e consequências políticas da valorização económica dos litorais. Visionamento de mapas históricos.

Algumas considerações sobre o trabalho final.


Os tempos da História de África (continuação)

12 Novembro 2024, 09:30 José Augusto Nunes da Silva Horta

Os tempos da história de África. A insuficiência e distorção da partição “período pré-colonial”/”colonial”/”pós-colonial”. Uma alternativa: a identificação dos grandes pontos de viragem ou choques traumáticos: comentário à proposta de Catherine Coquery-Vidrovitch — das origens à “chegada dos portugueses” à África Atlântica.


Avaliação FCT do Centro de História da Universidade de Lisboa

7 Novembro 2024, 09:30 José Augusto Nunes da Silva Horta

A aula coincidiu com a preparação da avaliação FCT do Centro de História da Universidade de Lisboa de que sou Director.


A desconstrução do objecto étnico/”tribal” (conclusão). A descompressão do tempo da História de África

5 Novembro 2024, 09:30 José Augusto Nunes da Silva Horta

1. Conclusão da apresentação e do comentário comparado de dois discursos sobre os Kuvale do sul de Angola. Discursos contrastantes sobre as mesmas sociedades. Desconstrução crítica do discurso de uma notícia/entrevista publicada no Jornal  Público de  08/09/ 2018 intitulada “Elas querem pôr as tribos de Angola na Moda".
O contraste entre esta visão e o olhar implicado sobre sociedades pastoris de Ruy Duarte de Carvalho, Aviso à Navegação, Olhar sucinto e preliminar sobre os pastores Kuvale da província do Namibe com um relance sobre as outras sociedades agro-pastoris do Sudoeste de Angola — os Kuvale do sul da actual Angola, da História ao passado recente. Apreensão de uma singularidade Kuvale (povos Herero do Sul de Angola) — feita de várias singularidades:

. A singularidade geográfico-ecológica (resultante da adequação do seu saber aos condicionamentos naturais) e a, consequente, singularidade económica dos Kuvale. A singularidade histórica marcada por "guerras" em que os Kuvale estiveram envolvidos com destaque para os conflitos com outros povos pastores e para a dominação colonial que procurou desestruturar o seu modo de vida pastoril, depois recuperada, na própria era colonial com o recurso, provisório, à actividade agrícola e consolidada depois da independência usufruindo do fim dos impostos e das restrições ao território dos Kuvale. Singularidade como escolha, sujeita às circuntâncias históricas.

 

2. De uma história de África comprimida e simplificada — pelo eurocentrismo e pelo afro-pessimismo — à descompressão do tempo e captação das dinâmicas de longa duração.

 


A desconstrução do objecto étnico/”tribal”. Duas perspectivas sobre o mesmo objecto

31 Outubro 2024, 09:30 José Augusto Nunes da Silva Horta

1. África: a desconstrução do objecto étnico/”tribal” da Antropologia colonial (conclusão) Os denominadores comuns das definições de "tribo" e "etnia" e a revisão desta concepção fixista, fechada a outras interacções sociais, por algumas definições mais abertas da corrente dinamista da Antropologia. A identidade não é uma essência mas sim um estado, adaptando-se às circuntâncias do indivíduo e da comunidade; neste sentido a identidade é "camaleónica". Afinal: a identidade que se designa por "étnica" é uma invenção colonial ou antes foi a sua rigidificação que foi introduzida pela colonização? Comentário a excertos de Elikia M’Bokolo e Jean-Loup Amselle em Pelos Meandros da Etnia (1ª parte do capítulo de Amselle).

 

2. Duas perspectivas sobre o mesmo objecto: dos lugares-comuns da representação "tribal" a um olhar integrado e contextualizado com Ruy Duarte de Carvalho