O cinema da "Nouvelle Vague"

26 Novembro 2018, 10:00 Fernando Guerreiro

1. O aparecimento do termo (Françoise Giroud. "L'Express", 1957): o contexto social e cultural. O "boom" económico e os mitos do "novo" e da "juventude" na França do pós-guerra (emissão de rádio e depois revista "Salut les Copains"); a inserção da "NV" na indústria cinematográfica francesa; críticas : "cinema de amador" (Bénayoum, "Positif", "petite vague" (Brasillach/ Bardèche)). 

2. uma ou duas "vagas"? Uma "escola"? Princípios e características (entre 1958/ 1963): 2.1. o cinema como "escrita" (a "caméra-stylo" de Astruc); 2.2.a valorização da "forma": a "mise en scène" como pensamento/ estrutura (Bazin); dimensão ética (política) da "forma" (Godard, Rivette); 2.3. política dos autores" (Truffaut); 2.4. regresso ao real: o plano-sequência e os "paralelepípedos de real" de Bazin: "realismo das circunstâncias" /"familiar"; 2.5. meios leves e pobres (Rivette): novo tipo de ficção(lacunar, aberta) e de "produção" ("pobre"); 2.6. um cinema do Presente: imediato, local, oral, de exteriores, do indivíduo (corpos/ actores); 2.7. conceção "impura" de cinema: mistura de registos e géneros; intertextualidade (a "citação") e auto-refencialidade (Godard).

* projecção do clip de "Tous les garçons et les filles" de Françoise Hardy (re: Claude Lelouch, 1962) , de "Histoire d'eau" (Godard/ Truffaut, 1957) e "Gare du Nord" (sketche de Jean Rouch para "Parus vu par", 1964).

Bibliografia: conjunto de textos na pasta da cadeira