O "Nouveau Roman" e a "Nouvelle Vague"

19 Novembro 2018, 10:00 Fernando Guerreiro

1. o novo cinema do pós-guerra (1945/1959): um cinema de "autor" - a "caméra stylo" de Alexandre Astruc (1948). Um cinema de meios leves, caligráfico, aberto ao real, para dar o pensamento. O movimento das "curtas-metragens" do grupo dos 30 nos anos 50 (Resnais, Varda, Rohmer, Démy e depois Truffaut, Godard).
2. o "Nouveau Roman": "école du regard", "literatura objectiva" (óptica) (Barthes); um realismo míope; narrador "testemunha"="observados" (semelhante ao do romance policial americano);  Descrição sintagmática, na horizontal=espaço, mais denotação do que conotação; crítica da "profundidade" e das categorias do "personagem", "tempo" e "intriga" (Robbe-Grillet); uma estética de "decepção", crítica do "ilusionismo" perceptivo e representativo do romance tradicional;
3. Cinema e Literatura segundo  Bernard Pingaud (1966): cinema como "arte do mostrar"/ Literatura= "arte do dizer"; crítica da "fatalidade visual" do cinema e abertura à "subjectividade" e ao "tempo"; um "cinema mental" ("Marienbad");
4. "L'Année dernière à Marienbad" (1961)
4.1. filme a 2?: o "ciné-roman" de Robbe-Grillet; o contributo de Alain Resnais: o personagem de A (psicologização); os motivos do "encontro" (no passado) e do "viol"; diferentes tipos de Imagem: Robbe-Grillet, "imagem mental" (de um "presento eterno")/ Resnais, "imagem-tempo (arquitectura de tempos) (Deleuze).
* projecção da CM "Le Chant de Styrène" de A, Resnais (texto de Raymond Queneau) (1957)
Bibliografia: entrevista de Resnais/ Robbe-Grillet aos Cahiers du Cinéma (1961)+ Introdução da edição em livro do Script do filme (Robbe-Grillet), assim como de dois textos sobre o filme (pasta da cadeira)