Realismo e utopia em "Le crime de Monsieur Lange" de Jean Renoir (1936)

29 Outubro 2018, 10:00 Fernando Guerreiro

1. Renoir e a Frente Popular. 1.1. "Lange" como alegoria da Revolução (movimento social):a questão política da Representação - entre realismo, naturalismo e poesia;1.2. plano da Forma: absorção da "4ª parede" pela "profundidade de campo" que permite a unidade do olhar, do discurso e da acção (real) - a panorâmica de 360º (a morte de Batala).
2. Le Crime de Monsieur Lange: 2.1. dispositivo de enunciação/ narração em "flashback", na 1ª pessoa do feminino (Valentine); discurso de "fronteira": geográfica (França( Bélgica), entre vigília e sonho; 2.2. o universo imaginário de Arizona Jim como figura da França em 1936; 2.3 o estado das "artes" na época da reprodutibilidade mecânica dos seus meios (W. Benjamin): Literatura industrial (o folhetim) e Cinema populista (Carné).
* projecção da sequênccia com a canção de Fréhel em Pépé-le-Moko de Julien Duvidier (1938) e do segmento do "engenheiro desempregado" de La Vie est à nous (1936)
Bibliografia: texto de Charles Musser sobre o filme na pasta da cadeira (verde, nº 5)