Do "Nouveau Roman" a "Marienbad"

23 Maio 2018, 16:00 Fernando Guerreiro

A. Breton, "Nadja" (conc.)

2.5 a figura do "narrador"  (estar ao nível do desafio ao estratégia de sobrevivência) e o projecto do Livro: "documento" (uso da Fotografia), não "romance"; 2.5. operação final de "sublimação": do "desejo" ao "amor" (maravilhoso); ocultação de Nadja (sem imagem, discurso), afirmação (no discurso e pela imagem) do narrador; substituição de objectos, da 3ª para a 2ªpessoa; da Cidade para a Natureza (idealização: "Les Aubes");  "La Beauté sera convulsive ou elle ne sera pas"?
Do "Nouveau Roman" para "Marienbad"
1. dois momentos da ""ª modernidade" (do pós IIª Grande Guerra) em França:  na Literatura, o "Nouveau Roman", no Cinema a "Nouvelle Vague" )a "caméra-stylo" de Alexandre Astruc, 1948);
2. O "Nouveau Roman": Um "novo realismo" (Robbe-Grillet): "criação" não "reprodução" do real; 2.1. uma "école du regard" (Barthes); literatura óptica, objectiva (fotográfica), realismo míope, exterioridade das coisas, estética das superfícies (Barthes, "Littérature objective"); 2.2. centralidade da Descrição: óptica, total (exuastiva),espectacular, elástica (como plano-sequência da linguagem) átona (igual, sem desníveis, intensidades), mais horizontal (metonímia; denotação) do que vertical (alusão, metáfora) fragmentação e não articulação narrativa, autoreferencialidade (Pingaud); noção de "escrita".