Sumários

A. Resnais, "L'Année Dernière à Marienbad" (1961)

30 Maio 2018, 16:00 Fernando Guerreiro


"L'Année Dernière à Marienbad": desconstruir, pelo romance, a narrativa do cinema e visualizar, pelo cinema , a escrita do "Nouveau Roman
1. o primado da "forma": dissociação do signo cinematográfico (som//imagem); a questão da Enunciação cinematográfica: a "voz-sobre"  (ditado entoado do texto de Robbe-Grillet),
2.  a referênccia á Arquitectura (referência estruturante do hotel como "arqui-lugar"): dois paradigmas/ duas estéticas: 2.1. o Classicismo: o espaço exterior do "jardim francês"; X como figura da ficção, da razão, da memória e da literatura  (persuader"); 2.2. o Barroco: decoração de interiores, o rococó germânico (com traços de "arte nova"); A como personagem da resistência à memória, ficção, literatura: objecto em fuga do desejo e do cinema;
3. o grupo escultórico do jardim como Hieróglifo do desejo e da forma (filme). Orfeu e Eurídice?;
4. Um cinema da "mente": desconstrução do romanesco e abertura ao imaginário do espectador; dar o "processo do pensamento" (Resnais); um "realismo mental" (Robbe-Grllet);
5. estrutura em "boucle" (circular) : 5.1. a dupla referência ao teatro (um "teatro de sombras": "fantasmas"?):  5.2. repetição e variação; o final aberto do filme (para o "exterior" ou para "dentro"?).
* projecção (comentada) de um dvd do filme


Do "Nouveau Roman" a "Marienbad" (2)

28 Maio 2018, 16:00 Fernando Guerreiro

2.3. Relações entre cinema e Literatura: Bernard Pingaud, ""Nouveau Roman et nouveau cinema"; i) diferença de natureza (mostrar/ dizer) e de signos (com persistência ou ausentação do referente); ii) espectacularização do romance: devir-imagem da palavra/ discursivização do cinema: subjectivação, tempo (duração)c omo matéria do filme; iii)  enccontar uma "voz" ("discurso") no fluxo das imagens;
2.4. Alain Robbe-Grillet e o cinema: i) um novo tipo de narrador: "témoin"/ "observateur" com focalização estreita; ii) objectos no lufar de personagens (A.S. Labarthe); iii) carácter actual/ presente das imagens: modo verbal, o Preseente do Indicativo (excluão da "menmória",, ou "flashbacks" do universo do cinema); iv) subjectivação do discurso e participação activa do espectador; v) "um cinema mental: "L'Année Dernière à Marienbad" (1961).
Bibliografia: seleccção de páginas de "Pour un Nouveau Roman" de Robbe-Grillet (pasta da cadeira) 


Do "Nouveau Roman" a "Marienbad"

23 Maio 2018, 16:00 Fernando Guerreiro

A. Breton, "Nadja" (conc.)

2.5 a figura do "narrador"  (estar ao nível do desafio ao estratégia de sobrevivência) e o projecto do Livro: "documento" (uso da Fotografia), não "romance"; 2.5. operação final de "sublimação": do "desejo" ao "amor" (maravilhoso); ocultação de Nadja (sem imagem, discurso), afirmação (no discurso e pela imagem) do narrador; substituição de objectos, da 3ª para a 2ªpessoa; da Cidade para a Natureza (idealização: "Les Aubes");  "La Beauté sera convulsive ou elle ne sera pas"?
Do "Nouveau Roman" para "Marienbad"
1. dois momentos da ""ª modernidade" (do pós IIª Grande Guerra) em França:  na Literatura, o "Nouveau Roman", no Cinema a "Nouvelle Vague" )a "caméra-stylo" de Alexandre Astruc, 1948);
2. O "Nouveau Roman": Um "novo realismo" (Robbe-Grillet): "criação" não "reprodução" do real; 2.1. uma "école du regard" (Barthes); literatura óptica, objectiva (fotográfica), realismo míope, exterioridade das coisas, estética das superfícies (Barthes, "Littérature objective"); 2.2. centralidade da Descrição: óptica, total (exuastiva),espectacular, elástica (como plano-sequência da linguagem) átona (igual, sem desníveis, intensidades), mais horizontal (metonímia; denotação) do que vertical (alusão, metáfora) fragmentação e não articulação narrativa, autoreferencialidade (Pingaud); noção de "escrita".


A. Breton, "Nadja" (2)

21 Maio 2018, 16:00 Fernando Guerreiro

2.3. a "rua" como lugar de revelação do real: acaso objectivo e tripla co-incidência do "inconsciente do lugar"/  do "sujeito" e da "linguagem": o "texto automático" ("ditado") da "rua" (real") ;2.4.o "object trouvé" (exemplos no texto); 2.5. sentido dos itinerários: "Des pas perdus? Il n'y en a pas"; a figura iniciática (simbólica) do círculo: da Place Dauphine (Feminio)ao Dauphin (Masculino); 

3. Nadja como figura e personagem: 3.1. o teatro do fantasma do Femininno: do "théâtre des Deux Masques" (Grand-Guignol) ao "Electric-Cinéma"; 3.2. figuras de Nadja: como "passante", "âme errante", figura do mito: Mélusine ; 3.3. no plano moral: idealização= figura do Ar e ambivalência/ decepção por "excesso de realidade" (o motivo do "dinheiro"); 3.4. no plano diegético: hierarquia entre personagens - a sua figuração nos desenhos ( a concluir).


A. Breton, "Nadja" (2)

16 Maio 2018, 16:00 Fernando Guerreiro

1.3.L. Aragon, "Intrroduction à 1930" (cont.): a questão da Imagem: a noção de Linguagem e Imagem como objecto, segundo exemplo da Publicidade - a Imagem como tensão entre heterogéneos (o "Beau comme" de Lautréamont/ Ducasse, a noção de Imagem em Reverdy).

2. A Breton, "Nadja" (1928): 
2.1. a cidade (Paris) dos surrealistas: a "rua" como "lugar de encontro" ( tema do "acaso objectivo"); 2.2. a figura da "mulher" como "Femme de Paris" (Breton, "L'Amour Fou"); 2.3. a "rua" como lugar de saída para o real e da Literatura: dissolução do "livro" no real.  
* projecção de um dvd do filme "L'Étoile de Mer" de Man Ray/ Robert Desnos (1926)
Bibliografia: textos (de Vincent Kauffman e marie-Claire Bancquart) sobre Breton e o Surrealismo na pasta da cadeira