Camões, "Sôbolos rios que vão"; Salmo 137
22 Outubro 2015, 12:00 • Amândio Reis
1. Breve introdução às
ideias de glosa, paráfrase e amplificação tendo em conta os nexos mas
também as dissemelhanças entre as redondilhas de "Sôbolos rios que vão" e
o Salmo 137 da Bíblia.
1.1.
A sobreposição das categorias de espaço e de tempo no poema de Luís de
Camões (Sião como "bem passado" e Babilónia como "mal presente") em
relação com a noções heraclitianas de "devir" e do tempo que "flui como
um rio".
1.2. Atenção aos
principais aspectos da estrutura do poema, nomeadamente: as suas partes, o desenvolvimento argumentativo, o uso da quintilha e da
redondilha maior num regresso a formas dos "velhos cantares" da lírica
galego-portuguesa medieval, e a construção numérica (365 versos, perfazendo
o todo de uma unidade cósmica).
2. Apresentação oral de Manuela Luís sobre memória, saudade e conversão em "Sôbolos rios".
3. Consideração de uma possível leitura alegórica das redondilhas tendo em conta alguns dados biográficos do poeta.