Sumários

Continuação do estudo da obra "De Profundis, Valsa Lenta" (1997), de José Cardoso Pires

14 Novembro 2022, 12:30 Ricardo Gil Soeiro


Continuação do estudo da obra De Profundis, Valsa Lenta (1997), de José Cardoso Pires. Obra enquanto uma “descida aos infernos”? (explicitação da dimensão humorística e de auto-ironia). Classificação genológica (dificuldade de caracterização e hibridismo de géneros) (ficção/memória/relato/testemunho). A subversão dos cânones de género: a) concepção clássica das autobiografias, memórias e diários (presença plena, identidade consistente, sedimentação do passado); b) De Profundis: ausência, alheamento, dissolução da identidade. Tematização da estrutura formal e os três núcleos temáticos. A dicotomia entre a ficção e o vivido. A escrita branca: o forte discurso imagético. A presença da intertextualidade. O processo de despersonalização: o Eu enquanto Outro. Análise ao texto complementar “Fumar ao espelho” (1991). A percepção do tempo. A escrita e a experiência testemunhal. 

Início do estudo da obra "De Profundis, Valsa Lenta", de José Cardoso Pires

9 Novembro 2022, 12:30 Ricardo Gil Soeiro


Início do estudo da obra De Profundis, Valsa Lenta, de José Cardoso Pires. Visionamento do documentário: “Livro de Bordo”. Apresentação aos alunos de um breve guião que serviu de plataforma para posterior discussão: a escrita como exercício de solidão; depoimento de António Lobo Antunes (“escrever no osso”); De Profundis, Valsa Lenta: depoimento de João Lobo Antunes; livro como terapêutica e o medo da morte; “Fumar ao espelho”; depoimento de Antonio Tabucchi (forma directa de escrever a realidade); a presença obsessiva da noite (a escrita enquanto transfiguração/a solidão da escrita).

Conclusão do Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa e estudo de alguns textos de Jorge Luis Borges

7 Novembro 2022, 12:30 Ricardo Gil Soeiro


Conclusão do estudo do "Livro do Desassossego", de Fernando Pessoa. Análise dos seguintes trechos: 152 (a concepção de escrita: "Escrever é como a droga que repugno e tomo, o vício que desprezo e em que vivo. Há venenos necessários, e há-os subtilíssimos" (p. 173). Leitura autónoma dos alunos: trechos 169, 191, 193, 204 (Nuvens), 262 (anulação do Eu). O Outro, o Mesmo: a questão da auto-representação em Jorge Luis Borges. Textos analisados: “Borges e eu”, in: O Fazedor, in: Obras Completas II, p. 181; “O Outro”, 9-14, in: O Livro de Areia, “Obras Completas III”; “Ao espelho”, in: O Ouro dos Tigres, Obras Completas, p. 517; “Os espelhos”, in: O Fazedor, Obras Completas II, pp. 188-189. Edição utilizada: Jorge Luis Borges, Obras Completas, Editorial Teorema.

Continuação do estudo do "Livro do Desassossego", de Fernando Pessoa

2 Novembro 2022, 12:30 Ricardo Gil Soeiro


Conclusão do estudo em torno do Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa. Visionamento de dois excertos do filme O Filme do Desassossego, realizado por João Botelho. Caracterização da figura de Bernardo Soares; a questão editorial (os múltiplos livros do desassossego); a questão da autoria/a questão da heteronímia/a problemática do nome; a relevância do título e da questão genológica (autobiografia sem factos); a forma fragmentária; Fernando Pessoa sobre a génese e o processo de criação do Livro do Desassossego; as isotopias temáticas do Livro do Desassossego.

Continuação do estudo em torno do "Livro do Desassossego", de Fernando Pessoa

31 Outubro 2022, 12:30 Ricardo Gil Soeiro


Breve comentário à obra Eu Sou uma Antologia. 136 Autores Fictícios, edição de Jerónimo Pizarro e Patricio Ferrari, Lisboa, Tinta da China, 2013; o contexto epocal do modernismo: a dispersão identitária e a tomada de consciência da multiplicidade do Eu. Cf. doutrina do fingimento poético (“Autopsicografia” e “Isto”, ambos de 1930); a “explosão” da criação heteronímica; “Quem me dirá quem sou?” ou a biografia de um “desconhecido de si mesmo – comentário a dois excertos da obra Octavio Paz (1988), O Desconhecido de Si Mesmo, Lisboa, Vega; comentário sobre um excerto da obra Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação (textos estabelecidos e prefaciados por Georg Rudolf Lind e Jacinto do Prado Coelho), Lisboa, Ática, 1966, p. 93 [1915]; a criação de um mundo plural (comentário de um breve excerto de uma carta endereçada por F. Pessoa a Adolfo Casais Monteiro, no dia 13 de Janeiro de 1935). Estudo detalhado dos seguintes trechos do Livro do Desassossego: trecho 12, 23, 114, 149 e 213 (edição utilizada: Assírio & Alvim, com organização de Richard Zenith).