B. Carvalho, Mongólia

12 Dezembro 2017, 12:00 Amândio Reis

Reflexão sobre os níveis de sentido de "Mongólia" e a forma como a sua reconceptualização, de espaço geográfico a símbolo do desconhecido e a objecto da inquirição e do (des)conhecimento, determina a estrutura do livro de B. Carvalho: entre título, mapa prefacial, texto e cenário.
Apresentações orais de Margarida Louro e Joana Lucena.
Uma consciência literária entre as três vozes enunciativas do romance?: o projecto de livro do diplomata, as referências do Ocidental a Franz Kafka e a Jorge Luis Borges, e a analogia estabelecida pelo "desaparecido" com o teatro de Gogol.
Considerações sobre o encontro e o desencontro cultural, ao nível da narrativa, e o modo como este aspecto se articula com a ideia de labirinto, explorada entre a epígrafe do romance (F. Kafka, Uma mensagem do imperador) e a primeira entrada do diário do Ocidental ("Um palácio no deserto", p. 21).
Leitura cruzada com o texto "O labirinto", de J. L. Borges (V. Moodle, JLBorges - O labirinto).
O Ocidental, o orientalismo e o primeiro contacto com a "cultura mongol": sob o signo do equívoco (p. 43).