Sumários

Exercício presencial escrito

19 Dezembro 2017, 12:00 Amândio Reis

Data-limite para a entrega do plano de trabalho e da bibliografia: 5 DE JANEIRO.


B. Carvalho, Mongólia

14 Dezembro 2017, 12:00 Amândio Reis

A reflexão literária do Ocidental: literatura ocidental Vs. literatura chinesa, literatura tradicional Vs. literatura moderna. A questão dos nomes, vinculativos ou arbitrários (p. 36), e a forma como ela é também explorada no seio do romance pela atribuição de nomes metafóricos, epítetos qualificativos, às personagens ocidentais.
O diário do "desaparecido" e a problematização da Mongólia enquanto espaço fugidio ou mesmo "invisível". O encontro com a xamã Suyan como prolongamento dessa ideia de invisibilidade.
A tradução como ferramenta de intermediação cultural e comunicativa, e o problema da desconfiança, da ignorância e do desconhecimento, particularmente importante na relação entre o Ocidental e os guias turísticos mongóis, Ganbold e Purevbaatar.
O percurso do Ocidental como uma "procura às cegas" em torno de um centro vazio: da suspeição quanto ao que se diz sobre o trilho do "desajustado", à deslocalização da busca para um "planeta errado" (p. 163).
A duas "aparições" do desaparecido (pp. 167 e 197), prévias ao encontro com o Ocidental: encontro com o eu/outro, revelação e auto-conhecimento.
Considerações sobre a conclusão do projecto de livro do Ocidental a partir da parte 3 do romance ("Rio de Janeiro"): articulações entre ignorância, re-interpretação do texto e responsabilidade autoral; regresso ao Brasil e regresso à ordem (figurado na entrega da correspondência anteriormente extraviada).


B. Carvalho, Mongólia

12 Dezembro 2017, 12:00 Amândio Reis

Reflexão sobre os níveis de sentido de "Mongólia" e a forma como a sua reconceptualização, de espaço geográfico a símbolo do desconhecido e a objecto da inquirição e do (des)conhecimento, determina a estrutura do livro de B. Carvalho: entre título, mapa prefacial, texto e cenário.
Apresentações orais de Margarida Louro e Joana Lucena.
Uma consciência literária entre as três vozes enunciativas do romance?: o projecto de livro do diplomata, as referências do Ocidental a Franz Kafka e a Jorge Luis Borges, e a analogia estabelecida pelo "desaparecido" com o teatro de Gogol.
Considerações sobre o encontro e o desencontro cultural, ao nível da narrativa, e o modo como este aspecto se articula com a ideia de labirinto, explorada entre a epígrafe do romance (F. Kafka, Uma mensagem do imperador) e a primeira entrada do diário do Ocidental ("Um palácio no deserto", p. 21).
Leitura cruzada com o texto "O labirinto", de J. L. Borges (V. Moodle, JLBorges - O labirinto).
O Ocidental, o orientalismo e o primeiro contacto com a "cultura mongol": sob o signo do equívoco (p. 43).


Plano de trabalho final

7 Dezembro 2017, 12:00 Amândio Reis

Plano de trabalho final: discussão dos objectivos e dos pressupostos formais e de conteúdo deste elemento de avaliação.
Construção de um modelo comum de plano de trabalho (V. Moodle, "Modelo do Plano de Trabalho").


R. Walkowitz + B. Carvalho

5 Dezembro 2017, 12:00 Amândio Reis

"Comparison literature": uma proposta de compreensão de parte da literatura contemporânea em função dos seus meios de produção e circulação; o lugar da "comparison literature" enquanto, por um lado, corpus literário, e, por outro lado, abordagem teórico-crítica.
A pertinência das noções de literatura nacional, literatura comparada e literatura-mundo na concepção da "literatura de comparação".
A tradução, a edição e a comparação como ferramentas de acesso (à literatura) e de criação (de literatura) que complexificam o fenómeno literário, tradicionalmente equacionado nos âmbitos do "colectivismo possessivo" e das "comunidades imaginadas" (cf. Walkowitz 2003: 573-574).
Apresentações orais de Cheila Mateigueira e Érica Fialho.

Mongólia, de Bernardo Carvalho, um exemplo possível de "literatura de comparação"?: a tematização, ao nível da narrativa, do (des)encontro cultural e linguístico, bem como das (im)possibilidades da tradução.
Apresentação oral de Inês Marques.
Reflexões sobre a estrutura plural e tensional do romance, entre os três narradores/autores ficcionais e os textos produzidos por estes:
1) o diário do "desaparecido", relato da sua viagem pela Mongólia;
2) a carta-diário do Ocidental, em que este lê o diário do desaparecido e parte em sua busca, replicando o seu percurso pela Mongólia;
3) a narrativa do diplomata, que lê os dois textos anteriores, comentando-os e transcrevendo-os, e levando a cabo o seu "projecto de livro" com o qual o romance Mongólia, de Bernardo Carvalho, parecer coincidir (motivo do "autor suposto/autor ficcional").