Apresentação.
19 Setembro 2016, 14:00 • Isabel Adelaide Penha Dinis de Lima e Almeida
Apresentação.
Centrando a atenção num tempo (o século XVI – tempo de Renascimento, tempo de expansão e descoberta) em que a relação da Literatura Portuguesa com outras Literaturas seria sempre assumidamente cultivada e desejada, organizar-se-á o trabalho comparativo de modo a destacar não só fenómenos de assimilação e de metamorfose do que veio de fora, mas também de projecção para o exterior. Em primeiro lugar, tratar-se-á de poesia – desde o Cancioneiro Geral à prática petrarquista de Sá de Miranda, António Ferreira e Luís de Camões – observando o que, na sua história e nas suas transformações, é indissociável da ligação a modelos oriundos “d’estranha parte”. Em segundo lugar, privilegiar-se-á uma obra em prosa – Peregrinaçam, de Fernão Mendes Pinto – procurando compreender o que nesta narrativa constituiria motivo de fascínio e razão para que depressa fosse divulgada, à escala da Europa ocidental, em sucessivas traduções.