A ideia de Renascimento e o nascimento da teoria da arte: Alberti, Filarete, Leonardo.

11 Outubro 2018, 08:00 Vítor Manuel Guimarães Veríssimo Serrão

Dos princípios de Vitrúvio à teoria da arquitectura no Renasdcimento do século XV em Itália. A Utopia Edificatória de L. B. Alberti, a Sforzinda: A Cidade Ideal de Filarete, a  Cidade Ideal de Leonardo da Vinci, a Hypnerotomachia Poliphili: A Utopia Insular de Citerea, as Imagens Pictóricas de Cidade Ideal do Séc. XV.  A existência de aspectos utópicos na Teoria da Arquitectura da Idade Moderna,  que  em  meados  do  século  XV  se  começou  a  gizar  com  L.  B.  Alberti  (1404-72),  Filarete (c. 1400-c. 1465), Leonardo da Vinci (1452-1519), e na Hypneroto-machia Poliphili (ed. 1499) não é novidade, tendo-a já abordado [1].  A utopia anuncia-se logo no Prologo do De re aedificatoria ao ser outorgada à  Arquitectura,  assim  como  às molte  e   svariate  arti…  dai  nostri  antenati  inda- gate, a  missão  de  render  felice  la  vita, além  de  que  a  Arquitectura, ou  melhor,  a   res  aedificatoria,  seria  quanto  mai  vantaggiosa  alla  comunità  come  al  pri vato, particolarmente gradita all’uomo in genere e certamente tra le prime (ou seja, entre as principais artes) per importanza. Em Vitrúvio a missão da Arquitectura era contribuir para propiciar uma vida boa, com saúde e em  segurança, como  se  explicita na  história do recinto  fortificado  transferido  por  M.  Hostílio  de  um  lugar  insalubre  para  outro  saudável. A salubridade, nomeadamente a defesa em relação aos ventos e climas agressivos (na tradição hipocrática, o  ar era visto como causa de todas  as doenças),  a  par  da  segurança,  que  levava  a recintar as cidades com muralhas, são dos principais e primeiros aspectos tratados no De architectura, ocupando os caps. 4 a 6, do Livro I.