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Teste

29 Novembro 2018, 08:00 Vítor Manuel Guimarães Veríssimo Serrão

TESTE DE METODOLOGIA DE HISTÓRIA DA ARTE –

Licenciatura em História da Arte.

28 de Novembro de 2018, 8-10 h – 1ª chamada -- Docente: Prof. Vitor Serrão

 

 

                                                                                 I

Leia atentamente as seis seguintes questões e responda de modo claro, com adequada exposição e em bom português, com recurso a exemplos se e quando for necessário, a apenas TRÊS delas:

 

 

1.        De acordo com Giulio Carlo Argan, História da Arte e Crítica de Arte fazem parte de um mesmo corpo analítico. Tendo em conta a natureza do nosso objecto de estudo -- as obras de arte --, qual a sua opinião a este respeito ?  

 

2.        Em linhas gerais, o que entende por Fortuna Histórica, Fortuna Crítica e Fortuna Estética na organização metodológica, na estruturação e no faseamento de uma pesquisa nesta área de estudos ?

 

3.        Defina o conceito de scintilla divina utilizado no século XV pelo tratadista Léon Battista Alberti e explique a importância prática que auferiu na consciencialização estatutária dos artistas.

 

4.        Um dos géneros literários que nasce com o Renascimento italiano foi a paragona, o género do diálogo parangonal. Explique do que se trata, recorrendo a um exemplo no campo das artes.

 

5.        Sabendo-se que muitos monumentos e obras de arte morrem, fruto de circunstâncias diversas, naturais ou violentas, defina a utilidade da vertente da nossa disciplina a que se chama Cripto-História da Arte.

 

6.        Defina em breves palavras os conceitos de Iconografia, Iconologia e Icononímia. Em que consistem e porque razão ajudam a estruturar uma análise integrada das obras de arte ?

 

 

                                                                                     II

 

Desenvolva e comente, com a maior clareza e objectividade, num discurso estruturado e fluente, e recorrendo a factos e exemplos adequados sempre que necessário, UM dos dois seguintes temas:

 

1.      O estatuto social de artista nasceu no pleno do século XV com o Renascimento italiano e os studia humanitatis, em circunstâncias especiais de consciencialização. Do primado da Idea increada decorre que a criação será sempre um acto individual, livre e intransmissível, elaborado em primeira instância pelo pensamento do artista. Pioneiro neste campo em Portugal foi o tratadista, arquitecto e pintor Francisco de Holanda (1518-1584): comente o que defende no tratado Da Pintura Antigua (1548) a respeito desta concepção neoplatónica, quando diz que «a idea na pintura é uma imagem que há de ver o entendimento do pintor com olhos interiores em grandíssimo silencio e segredo, a qual há de imaginar e escolher a mais rara e eicelente que a sua imaginação e prudência puder alcançar»... Que impacto tem este conceito de criação artística na génese de um novo estatuto de liberalidade reivindicado pelos artistas portugueses ?

 

2.      Nas obras de arte existe tanto de fascínio estético e poder imorredouro de sedução, como de fragilidade que decorre da sua condição matérica. Como reagimos à degradação dos edifícios e obras ? Será ela inexorável ? Registe-se a propósito o tag que alguém escreveu no muro exterior do Jardim D. Pedro V da Faculdade de Letras de Lisboa, prenunciando uma espécie de morte anunciada: Um dia tudo isto serão ruínas. Alguém mais acrescentou: Antes disso ! Ora o estado de ruína é mesmo inevitável, como escrita na areia, anúncio de uma vitalidade que fenece ? Ora os exemplos de Património artístico (construído, móvel, arqueológico, ou incorpóreo) justificam um programa de salvaguarda em globalidade a partir dos princípios da Gestão Integrada do Património. A destruição consentida avisa-nos para a imperiosidade  de se desenvolver  uma  carta de direitos e deveres de cidadania no que toca à fruição de bens que são, antes de mais, pertença das comunidades. Um país que gerou raízes seculares com outros povos e contribuiu para gerar novos patrimónios que respiram por pulmão próprio tem forçosamente de saber valorizar esta faceta de pluralidades. Na definição de um Património sem fronteiras cabe pois um entendimento das suas especificidades numa perspectiva de globalidade que só a História da Arte assegura.

 


Conceito de Património Artístico e Metodologias de Salvaguarda.

26 Novembro 2018, 08:00 Vítor Manuel Guimarães Veríssimo Serrão

A história da arte e a conservação / revalorização do património artístico

1. O inventário de património artístico

2. Conservação das obras de arte

3. A musealização das obras de arte

4. «Monumento» e «Património» como valor absoluto.

5. Conceitos de «memória», «recuperação», «conservação preventiva»

6. A Gestão Integrada de Bens Patrimoniais

7. A UNESCO e as grandes medidas de protecção dos bens culturais e artísticos.


Revisões / balanço de matéria.

22 Novembro 2018, 08:00 Vítor Manuel Guimarães Veríssimo Serrão

Balanço de matéria tendo em vista o teste presencial.


Francisco de Holanda teórico do renascimento português. Metodologias de abordagem à sua obra.

19 Novembro 2018, 08:00 Vítor Manuel Guimarães Veríssimo Serrão

Francisco de Holanda teórico do renascimento português. Metodologias de abordagem à sua obra. O tratado DA PINTURA ANTIGUA (1548), a defesa do conceito neoplatónico de IDEA, e a reivindicação da liberalidade estatutária.

Os dois pilares da Teoria da Arte de Francisco de Holanda – a imitação da Natureza e da Antiguidade, de um lado, e a idea neoplatónica, por outro – têm como ponto de contato o processo criativo descrito por Holanda nos dois tratados, o Da Pintura Antiga (1548) e o Do Tirar polo Natural (1549). A centralidade do «tirar do Natural» nessa sua Teoria de Arte acaba por justificar um tratado autónomo, apesar de a matéria relativa ao desenho e à composição da figura humana, nas suas diferentes poses e situações, tivesse já sido tratada no Livro I do Da Pintura Antiga, em capítulos muito subsidiários de Pompónio Gáurico, como demonstrou A. González García. O próprio raciocínio de validação das imagens já fora defendido nas páginas do Da Pintura Antiga e alargado às «figuras naturaes dos principes», preludiando o tratado Do Tirar polo Natural, concluído no ano seguinte. Faltava, contudo, o contributo decisivo da «individualidade» que distingue de forma substantiva o Retrato de qualquer outra representação da Figura Humana.

Se Francisco de Holanda fundamenta metafisicamente a possibilidade do Retrato e teoriza todos os domínios da sua estética e execução plástica, não abre, em contrapartida, nenhum subcapítulo para a autorrepresentação, ou seja, para os retratos dos artistas por eles próprios. Contudo, ele próprio se autorretratou no fólio final do seu álbum De Aetatibus Mundi Imagines e não há qualquer dúvida de que considerava os artistas dignos de representação, no grupo dos que eram «famosos nas armas, no desenho, nas letras, ou em qualquer singular arte liberal». É interessante notar que, nessa hierarquia, o desenho, mãe de todas as artes segundo Holanda, precede as letras e outras artes liberais.

No conjunto parco de três retratos, destacados em tondi, de grandes personagens do seu tempo que encontrou durante a viagem a Itália e que escolheu deixar-nos no Álbum das Antigualhas, um deles é de Miguel Ângelo, sendo os outros dois o do Papa Paulo III, que emparelha com o do artista florentino, e o do Doge de Veneza Pietro Lando. 


Júri de Agregação em Coimbra.

15 Novembro 2018, 08:00 Vítor Manuel Guimarães Veríssimo Serrão

(A aula não decorreu por ausência do Prof. num júri de Agregação na Universidade de Coimbra)

Entrega de materiais de estudo e revisão de matéria.