Balanço de matérias e 2ª chamada de teste.

24 Novembro 2016, 10:00 Vítor Manuel Guimarães Veríssimo Serrão

TESTE DE METODOLOGIA DE HISTÓRIA DA ARTE

Licenciatura de História da Arte – 24 de Novembro de 2016 (2ª chamada)

Prof. Vitor Serrão

 

I

Leia atentamente as seguintes questões e responda em moldes suficientes, claros e bem estruturados, recorrendo a exemplos se e quando necessário, a apenas TRÊS delas:

1.         Defina em breves palavras os conceitos de Iconografia, Iconologia e Icononímia. Em que consistem ?

2.         Qual a utilidade da chamada Cripto-História da Arte no estudo integrado do Património artístico ?

3.         Recorrendo a Giulio Carlo Argan, em que medida a História da Arte e a Crítica de Arte fazem parte indissociável do mesmo corpo analítico ?

4.         Defina em linhas gerais o que entende por Fortuna Histórica, Fortuna Crítica e Fortuna Estética na organização, estruturação e faseamento de uma pesquisa em História da Arte.

5.         Gótica, ou Proto-Renascentista: em que medida os Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, se podem considerar uma obra marcante no contexto da pintura europeia no dealbar da Idade Moderna ?

6.         Que entendia o tratadista Léon Battista Alberti, no século XV, pelo conceito de concinnitas ? Em que medida o arquitecto do imperador Augusto ?

7.         Porque razão a Carta de Cracóvia, da UNESCO, defende para o Património Mundial a categoria revalorizadora de autenticidade ? Defina-a e dê um exemplo.

 

II

Desenvolva, com a maior clareza, rigor metodológico, ordem e objectividade, recorrendo a factos e a exemplos adequados, UM dos dois seguintes temas:

 

1.      O chamado estilo gótico-manuelino, ou seja, a arte realizada no início do século XVI, a arquitectura e as artes de decoração incrementadas por iniciativa régia, em contexto das Descobertas, constitui um momento dotado de grande criatividade na produção das artes, em Portugal e nos seus espaços ultramarinos. Caracterize, com exemplos adequados, essa fase da arte portuguesa.

 

2.      .O estatuto social de artista nasceu em circunstâncias especiais – históricas, socio-culturais, tratadísticas, económicas, artísticas – no início do século XV, com o Renascimento e o Humanismo. Comente este passo da carta escrita em 1577 ao rei D. Sebastião pelo pintor Diogo Teixeira e explique o modo como tal estatuto laboral, aí defendido, se reflectiu na prática dos artistas portugueses através da reivindicação da liberalidade criadora. A carta afirma, entre outras coisas, o seguinte: «Diz dioguo Teixeira, caualeiro da casa do Senhor Dom Antonio, que elRei vosso avô, não sendo a arte da Pintura então da calidade em que ora está, (…) anexou individamente os pintores à Bamdeyra de Sam Jorge (…) como se fossem necaniquos, quando he uma arte iminente asi dos antíguos, e com numeada antre as liberais em todos os tempos, e celebrada por reis…, e assim, havendo respeito ao sobredito, e por ser hum dos milhores oficiaois de imaginarya de olio que há nestes Reynos, pede a S. M. o isente dos serviços a prestar à dita Bamdeira (…)».