Manuel Bandeira: a excelência do soi disant 'poeta menor'
15 Março 2022, 11:00 • ALVA MARTINEZ TEIXEIRO
Questionamento da autodefinição do ‘poeta menor’ e do ‘crítico menor’. Exame da concretização dos tópicos acima referidos na obra bandeiriana, presente nalgumas práticas literárias situadas ‘nas margens’ da sua obra, mas não ‘marginais’, nem ‘menores’.
A) As diversas práticas neotrovadorescas presentes em certos poemas amorosos e confissionais de Manuel Bandeira. Breve análise de alguns exemplos paradigmáticos: “Cantar de amor”, “Cantiga de amor”, “Cantiga” e “Cossante”.
B) O profundo
conhecimento bandeiriano das práticas poéticas ‘orientais’, nomeadamente, dos topoi e recursos técnicos da lírica
japonesa. Análise do poema “A realidade e a imagem”: reflexão sobre a génese do
poema, baseada na apropriação e atualização dos princípios métricos e temáticos
do haikai e na filiação ‘oblíqua’ ao modernismo (análise comparativa do conciso
retrato do espaço urbano e urbanizado no poema “Agente”, de Oswald de Andrade).
Bibliografia:
B
RIBEIRO, Maria Aparecida (1994). Literatura Brasileira, Lisboa: Universidade Aberta, ‘Textos de base – Cursos formais, 65’.
VECCHI, Roberto (2015). «Anexo –As dissonâncias da história natural: Manuel Bandeira e a poesia modernista» In:, Seria uma rima não seria uma solução– A poesia modernista. Antologia organizada e apresentada por Abel BARROS BAPTISTA e Osvaldo M. SILVESTRE. Lisboa: Livros Cotovia, ‘Curso Breve de Literatura Brasileira, 4’, 313-333.