O conceito de representação

24 Setembro 2015, 10:00 Maria João Monteiro Brilhante

A partir de dois textos colocados na plataforma Moodle e inscritos na bibliografia - "The work of representation" de Stuart Hall e "Representation" de W.J.T. Mitchell - discutiu-se o conceito e a prática de representar. Alguns tópicos abordados foram: representar é produzir signos que estão em vez de coisas ou ideias; organizamos as coisas ou ideias em sistemas de conceitos; para comunicarmos/expressarmos esses conceitos inventámos sistemas de signos que podem ser visuais, gestuais, sonoros, verbais e que constituem linguagens com os seus códigos e convenções; são estes códigos e convenções que nos permitem comunicar pois nascem de negociações dentro das comunidades. O sistema mais complexo parece ser o da linguagem verbal, porque os signos visuais, têm por vezes semelhanças com as coisas e os conceitos. Mas mesmo os signos icónicos (desenho de um homem ou de uma árvore) são bidimensionais enquanto as coisas são tridimensionais.

Podemos dizer então que os signos que representam conceitos de coisas ou ideias são geralmente arbitrários (vide Saussure) e são as regras de funcionamento dos signos numa cadeia de relações que produz sentido/que significa. O sentido não está nas coisas,mas na relação que inventamos para os signos entre si.

Foram criados três grupos de trabalho para a discussão do Livro X de A República de Platão nas próximas aulas.