Sumários

Racionalismo cartesiano e clareza e ordem na pintura de Poussin

12 Novembro 2015, 10:00 Maria João Monteiro Brilhante

Apresentação de O discurso do Método de Descartes e de três pinturas de Poussin por um grupo de alunos. O método assente na dúvida, na evidência e no exercício da razão em Descartes como base do conhecimento universal que é também conhecimento de si. A matemática como instrumento da ciência. A arte de Poussin e a dimensão narrativa da sua pintura. Natureza e proporção, herança clássica e representação de acções nobres como deveriam ser se a natureza fosse perfeita: lógica e harmonia na ordenação da história representada. O progressivo academismo da pintura neo-clássica.


Observação e comentário breve a alguma pintura barroca (Caravaggio, Rembrandt) e à coexistência do realismo da pintura de género holandesa (Steen). 


A revisitação de Aristóteles e o conceito de verosimilhança no século XVII

9 Novembro 2015, 10:00 Maria João Monteiro Brilhante

Primeira aula dedicada à construção da doutrina clássica.  Tensões entre barroco e classicismo. Ordem, razão e clareza como princípios de representação da natureza.Crença num pensamento universal que remonta aos Grecos e vme até oa Sec. XVII inalterado. O artista e o poeta como construtores de uma imagem perfeita e harmoniosa do mundo depois da deriva do culto da maneira singular e da arte produtora de deleite e espanto perante a diversidade das formas da natureza. Avanços do conhecimento através das ciências (matemática e geometria) e separação progressiva entre filósofo, artista e cientista. Recusa da obscuridade e da desordem das representações literárias e pictóricas barrocas (do agrado da aristocracia) e defesa das regras e técnicas na composição de imagens verosímeis do mundo (do agrado do poder absolutista de Luis XIV). O papel dos doutrinários, o progressivo papel das Academias (que ensinam as regras, que validam as obras e as promovem) na determinação do que pode ou não pode ser representado, de como isso deve ser feito para instrução e prazer (Horácio). Importância da Poética de Aristóteles, traduzida no sec. XVI para italiano e Francês. A voz de Pierre Corneille (Discours de l'utilité et des parties du poème dramatique) no debate acerca da composição da tragédia regular, ou seja, seguidora das regras atribuídas a Aristóteles. Defesa do saber fazer do autor, contestação do indecoro da tragédia antiga e consciência histórica.


Representação e mudanças no regime escópico na época moderna

5 Novembro 2015, 10:00 Maria João Monteiro Brilhante

A aula foi dedicada à discussão a partir da obra De pittura de Alberti que foi apresentada por um grupo de alunos. Seguiu-se a discussão a partir dos aspectos que constituem a teoria albertiana da representação com destaque para a cosntrução da perspectiva e a centralidade da visão sensorial do mundo pelo homem. Referiram-se as mudanças culturais da idade moderna com o desenvolvimento científico e técnico (matemática, geometria, óptica, astronomia, medicina, botânica), com o alargamento do mundo e a sua representação (mapas, descrições da flora e fauna, novos costumes). A permanência da visão religiosa da natureza a par do estudo "científico" da natureza, a matemática como certificação da compreensão humana da natureza.

Observação de imagens de pintura de Campin, Scimone, Giotto, Piero della Francesca, Leonardo da Vinci etc. procurando reconhecer permanência e mudança na representação do espaço e das figuras. Da fragmentação, sequencialidade, espiritualidade, abstração, simbolização, ausência de profundidade da pintura medieval para a espessura, profundidade, unidade e narratividade da pintura do chamado renascimento. Representação em perspectiva como expressão do domínio do espaço pelo homem que assim redimensiona o mundo à sua medida, à medida do seu olhar.


1º Exercício escrito

2 Novembro 2015, 10:00 Maria João Monteiro Brilhante

1º Exercício escrito na aula


Discussão a partir dos escritos feitos na aula

29 Outubro 2015, 10:00 Maria João Monteiro Brilhante

A aula teve uma primeira parte em que foram individualmente comentados os textos escritos e feita uma apreciação geral com vista à preparação do exercício escrito na aula e teve uma segunda parte na qual recebemos a visita do actor e director da companhia Mala Voadora que tem em cena Hamlet, uma encenação do texto na qual se interroga a metateatralidade e a ilusão teatral.