Sumários
Instrumentos de análise: construção de paradigmas
1 Outubro 2018, 10:00 • Guilhermina Augusta Pelicano Jorge
Instrumentos de análise: construção de paradigmas
Metodologias e estratégias de tradução.
As Estratégias de Tradução
A analítica da Tradução (Berman)
Construção de um quadro teórico das estratégias.
textos:
Schleiermacher, 1813
Newmark, 1995
Berman, 1985
Chesterman, 1997
Vinay & Darbelnet (1958)
Citação:
“Insista-se sobre estes dois termos: experiência e reflexão. Pertencem ambos, de facto, aos vocábulos fundamentais do pensamento moderno. (...). Não existe tradução que não seja, ao mesmo tempo, pensamento. A tradução pode esquecer a teoria mas nunca o pensamento. O pensamento constrói-se num horizonte filosófico, a tradução é pensada na linguagem da experiência e da reflexão.”
(Berman, A., Les Tours de babel, Mauvezin, T.E.R., 1985)
Seleção e apresentação dos textos de leitura obrigatória e citações sobre tradução
24 Setembro 2018, 10:00 • Guilhermina Augusta Pelicano Jorge
Metodologias da tradução e textos introdutórios
A letra da tradução e a tradução à letra (Berman)
Frases soltas sobre tradução
Alguns conceitos sobre tradução: traduzibilidade e intraduzibilidade; domesticação e alteridade; experiência e reflexão; fidelidade e infidelidade…
A autotradução (autor-tradutor) (Vladimir Nabokov, Samuel Beckett, Milan Kundera, João Ubaldo Ribeiro, Fernando Pessoa…)
Textos clássicos e introdutórios:
Schleiermacher,
Os diferentes métodos de traduzir
Walter Benjamin,
A tarefa do tradutor
Tarefa 2
Levantamento de 5 contextos de erros em tradução, identificação dos erros, proposta de soluções de tradução (original e tradução)
Citação
Traduzir a fala de uma personagem de consciência desdobrada é traduzir sua linguagem igualmente desdobrada na fala de seu presumível interlocutor imediato, tresdobrada nas falas de outros interlocutores eventuais ou imaginários. O ritmo dessa fala é o ritmo do pensamento truncado, sinuoso e descontínuo da personagem, que ora parece interrogar, ora exclamar, ora desejar dizer algo cujo sentido se embaralha na ponta da língua, e o discurso deixa sempre uma forte sensação de inacabamento, de lacuna a ser preenchida e uma grande interrogação para o leitor. Dostoiévski organiza essa fala numa pontuação tão truncada, sinuosa e descontínua como o fluxo do pensamento de Golyádkin, o que pode levar o leitor habituado às normas padrão da escrita à falsa sensação de improbidade de tal pontuação. No entanto, o que está em jogo é a homologia entre o ser e o modo de representá-lo, pois seria antinatural que uma personagem dotada de um psiquismo desestruturado como o do senhor Golyádkin falasse uma linguagem fluente e clara. Portanto, o ritmo de sua fala traduz seu modo de perceber o mundo e os homens, isto é, traduz o sentido que ele põe nas coisas, pois, como diz um dos maiores teóricos da tradução, "entendo o ritmo como a organização do sentido do discurso, a organização (da prosódia à entonação) da subjetividade e da especificidade de um discurso" [Meschonnic, 2011, p.43].
Meschonnic, Poétique du traduire.
Apresentação da disciplina e dos conteúdos programáticos
17 Setembro 2018, 10:00 • Guilhermina Augusta Pelicano Jorge
Introdução
Trabalho sobre textos diversos
Metodologias e género textual
Terminologia da Tradução
Tradução e metodologias
Metodologias plurais
Perfil do tradutor
Traduzir é ler
Traduzir é agir, traduzir é transformar.
Ler, Interpretar, Traduzir
Língua normativa e criatividade
A voz do tradutor no texto traduzido (Barrento, Miguel Serras Pereira)
Exercícios de tradução diversos (pares mínimos; texto absurdo…)
Procura do sentido/interpretação /escolha/negociação/soluções plurais
Reflexão/pensamento
Relação experiência/reflexão
A voz do tradutor no texto traduzido
Exatidão em tradução?
Domesticação e Alteridade / Domestication and Foreignization.
Apresentação geral do semestre, planificação e distribuição do trabalho aos alunos/ficha avaliação
Citações para reflexão:
A interpretação criadora não renuncia a si mesma, ao seu lugar no tempo, à sua cultura e nada esquece. A grande causa para a interpretação é a distância do intérprete – no tempo, no espaço, na cultura – em relação àquilo que pretende interpretar de forma criativa... Nesse encontro dialógico de duas culturas elas não se fundem nem se confundem; cada uma mantém sua unidade e sua integridade aberta, mas se enriquecem mutuamente. (Bakhtin, 2003, p.365-6)
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Trad. Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
“Durante o seminário, a expressão "tradução literal' provocou contínuos mal-entendidos, principalmente entre os ouvintes que eram tradutores "profissionais". Estes mal-entendidos não puderam ser desfeitos. Para estes tradutores, traduzir literalmente é traduzir "palavra por palavra". E este modo de tradução é justamente chamado pelos espanhóis de traducción servil. Em outras palavras, há uma confusão aqui entre a "palavra" e a "letra". Evidentemente, pode-se demonstrar (…) que traduzir a letra de um texto não significa absolutamente traduzir palavra por palavra.”
Berman.
- Avaliação
17.12 – Exercício escrito (com consulta)
Seleção de um autor
Portefólio (compilação das tarefas realizadas pelo mestrando ao longo semestre)
Análise e Crítica de tradução (e análise das estratégias de tradução utilizadas pelo tradutor) (5 páginas). Entregar a 5/12/2017.