IV. Paradoxos Indutivos - 1

22 Março 2022, 12:30 António José Teiga Zilhão

O problema da indução, tal como exposto por David Hume. 


Apresentação dos modos combinatoriamente adequados de adquirir conhecimento incerto: os silogismos estatísticos e as generalizações estatísticas. Conceito de uma indução humeana: induções ou generalizações que projectam para o futuro, ou para partes do mundo acerca das quais não há experiência, o conhecimento adquirido em observações presentes ou passadas. Demonstração de que as induções humeanas, apesar de ubíquas, não respeitam nem os critérios que permitem validar um silogismo estatístico nem os critérios que permitem validar uma generalização estatística. Como justificá-las? O argumento de Hume que mostra que qualquer tentativa de justificação da indução revela-se ser circular. O apelo para o Princípio da Uniformidade da Natureza (PUN) como forma de contornar o problema: as induções humeanas complementadas com o PUN são válidas. Mas como pode o PUN, ele próprio, ser justificado? O argumento de Hume que mostra que qualquer tentativa para fundamentar o PUN é, também ela, circular. A conclusão de Hume: não há qualquer forma racional de justificar o raciocínio indutivo; este constitui um (bom) hábito que adquirimos a partir da Natureza e que permanece connosco em virtude da sua utilidade prática.