O commentariolum petitionis ou como ganhar eleições em Roma - uma aristocracia 'electiva'?

1 Março 2018, 10:00 Rodrigo Furtado

1.     A situação retórica.

                           Ano: 64 a.C.

                                    Eleição consular de M. Túlio Cícero; epistolografia de Q. Túlio Cícero.

        

2.     Os candidatos:

Marco Túlio Cícero: um homo nouus;

  L úcio Sérgio Catilina: um patrício, de uma família desprestigiada

Gaio António Híbrida: o filho de um brilhante orador e cônsul.

 

3.     As condições para se ser eleito: a lex Villia de 180 a.C. e as alterações de Sula (80 a.C.) – idade; cursus honorum; intervalos.

 

4.     Conquistar o populus romanus.

4.1   Os temas de campanha. Comentário a comm. 53.

                                       A ausência de temas políticos: uma campanha que não se centra nas alternativas ideológicas;

                                       O que se disputa: a dignitas. O significado ideológico da dignitas.

4.2   As técnicas:

Comm. 41, 52: Nomenclatio; blanditia; adsiduitas; benignitas; rumor; species in re publica;

Prensatio (o episódio de Cipião Nasica: Val. Max. 7.5.2);

Os apoiantes: deductores; salutatores; adsectatores.

4.3   Supplicare populo Romano: discussão do significado.

 

5.     Uma aristocracia electiva?

6.1 O senado como o conselho da aristocracia política em Roma;

6.2 A escolha dos senadores (lectio senatus): a eleição para questor e o papel dos censores.

6.3 Uma aristocracia que se deve legitimar através de eleições, geração após geração.

6.4 Res publica = res populi (Cic. rep. 1.25)


1º ensaio

a) 1500 palavras (Times New Roman, 12, single space).

b) Entregar em Word para o mail: rodrigo.furtado@campus.ul.pt.

c) Data de entrega: até 16 de Março de 2017 (até às 23h59)

 

1500 palavras, sem contar com notas, com bibliografia ou com anexos iconográficos.

 

a)    Ler Quinto Cícero, Breve manual de campanha eleitoral (trad. A. Silva) (na drive)

b)    Ler:

J. North (1990), ‘Politics and aristocracy in the Roman Republic’, Classical Philology 85, 277-287 (na drive).

W. J. Tatum (2009), ‘Roman democracy?’, A Companion to Greek and Roman Political thought, Malden, Oxford, Victoria, 214-227 (na drive).

 

c)    Integrando informação colhida em a) e b), comente:

 

‘Se alguém fixar os seus olhos no poder dos cônsules, a constituição parecerá completamente monárquica; se no senado, parecerá por sua vez ser aristocrática; e quando observamos o poder das massas, parecerá claramente ser democrática.

Políbio 6.11

 

                  Por isso, a coisa pública (= Res publica) é coisa dos cidadãos (= Res populi)

Cícero, rep. 39

 

Apesar da importância aparente do elemento popular na constituição, alguns investigadores recentes têm tendido a acreditar que as aparências podem ser muito ilusórias.

A. Lintott (1999), The constitution of the Roman Republic, Oxford, 202.