Sumários
Sessão integrada no âmbito do ciclo Histórias do Experimental (parceria Centro de Estudos de Teatro / TBA - Teatro do Bairro Alto).
1 Abril 2022, 14:00 • Rui Pina Coelho
Sessão integrada no âmbito do ciclo Histórias do Experimental (parceria Centro de Estudos de Teatro / TBA - Teatro do Bairro Alto). Sessão com Rui Torres e Sandra Guerreiro Dias, Histórias do Experimental (em Portugal): pessoas, experiências e lugares. Em 2022, prosseguindo uma abordagem atenta à circulação transnacional das práticas e das ideias, o ciclo Histórias do Experimental incide em particular sobre o experimentalismo em Portugal, partindo de episódios concretos relativos a pessoas, experiências e lugares. A partir de arquivos, testemunhos e estudos, interroga-se a prática e o ensino das artes em Portugal, conhecendo-se lugares de aprendizagem, de apresentação e de circulação, e percebendo a fronteira entre géneros como porosa e funcional. Em causa encontra-se a localização, conhecimento e problematização de alterações formais e filosóficas no fazer artístico e cultural, procurando entendê-las política e esteticamente nos seus contextos de origem, questionando a sua operacionalidade então ̶ e o que nela nos separa de hoje (ou não). O foco tripartido nas pessoas, experiências e lugares procura, por acumulação, contribuir para dar a conhecer uma galeria de episódios que juntos perfaçam um quadro menos lacunar do experimentalismo que por aqui foi tendo lugar. A ênfase no “em Portugal” por contraponto ao “português” desenha um território atravessado em que imagens, ideias e desejos participam de formas cosmopolitas e modernas de estar no mundo, um mundo que é do séc. XX e XXI.Nesta sessão, apresenta-se o filme de uma entrevista de Ernesto de Sousa a E. M. de Melo e Castro, seguindo-se uma conversa entre Rui Torres (Universidade Fernando Pessoa e Instituto de Comunicação da Universidade Nova de Lisboa) e Sandra Guerreiro Dias (Instituto Politécnico de Beja e Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra).
A conversa partirá da apresentação de diferentes exemplos de objetos poéticos que, pela sua variedade material e diversidade medial, sinalizam a fragilidade das fronteiras entre géneros artísticos e literários, reclamando a ineficácia de definições e classificações rígidas e estanques. A poesia experimental circula através de diferentes espaços, mobiliza distintos atores e configura diálogos e colaborações que acionam variadas práticas e vivências. Aventura da criação, pretende reinventar a FESTA e, com ela, a “esperança libertadora de encontrar uma função ritualista de participação para o acto estético” (Ernesto de Sousa, 1973).
Serão apresentadas e discutidas obras disponíveis no Arquivo Digital da PO.EX (POesia EXperimental), a partir da natureza material dos seus registos (Materialidades, isoladas ou híbridas), das tipologias textuais onde se esgrimem (Géneros, mais ou menos emergentes), evidenciando e homenageando os seus agentes/operadores (Autores).
A estética da resistência e a resistência pela arte (Sessão I). Docente Rui Pina Coelho.
25 Março 2022, 14:00 • Rui Pina Coelho
O escritor e dramaturgo Peter Weiss, nos três volumes
do romance A Estética da Resistência (1975-1981), colocava
três jovens comunistas alemães, em 1937, em plena Alemanha Nazi, a discutir objetos
artísticos, fazendo denotar a incrível afinidade entre a resistência política e
a arte. Sendo um romance icónico para as esquerdas europeias, é uma das obras
mais importantes da literatura alemã do século XX. Neste módulo, a partir da
leitura de partes selecionadas do romance (na sua tradução inglesa), discutiremos
a fina relação entre resistência e arte. Para isso, convocaremos uma discussão
em curso sobre a natureza do teatro político (Florian Malzacher e Olivier Neveux)
e sobre esfera pública (Habermas, Nancy Fraser e Oskar Negt e Alexander Kluge).
A estética da resistência e a resistência pela arte (Sessão I). Docente Rui Pina Coelho.
18 Março 2022, 14:00 • Rui Pina Coelho
O escritor e dramaturgo Peter Weiss, nos três volumes
do romance A Estética da Resistência (1975-1981), colocava
três jovens comunistas alemães, em 1937, em plena Alemanha Nazi, a discutir objetos
artísticos, fazendo denotar a incrível afinidade entre a resistência política e
a arte. Sendo um romance icónico para as esquerdas europeias, é uma das obras
mais importantes da literatura alemã do século XX. Neste módulo, a partir da
leitura de partes selecionadas do romance (na sua tradução inglesa), discutiremos
a fina relação entre resistência e arte. Para isso, convocaremos uma discussão
em curso sobre a natureza do teatro político (Florian Malzacher e Olivier Neveux)
e sobre esfera pública (Habermas, Nancy Fraser e Oskar Negt e Alexander Kluge).
A Performance de Cuidar (II). Sessão com investigadora Ana Pais.
11 Março 2022, 14:00 • Rui Pina Coelho
Cuidar significa imaginar, pensar, tratar de,
interessar-se por. As práticas de cuidar designam actividades sociais,
culturais e artísticas que imaginam, pensam, tratam e se interessam por algo ou
alguém no mundo, inclusive, o próprio mundo. Ainda antes da pandemia recordar à
humanidade a sua pequenez face ao universo, a crise das práticas de cuidar na
sociedade global contemporânea, regida por uma lógica neoliberal que corrói
ecologias de interdependência essenciais, já estava na ordem do dia das
ciências sociais, dos estudos feministas e dos estudos de performance. Esse
era, por exemplo, o tema da conferência internacional programada pela
Performance Studies International (Psi) para 2020, infelizmente cancelada.
Intensificando assimetrias e desigualdades, a pandemia tornou ainda mais
evidente a centralidade de cuidar – suas práticas, performance e estéticas –
para o momento actual em que é urgente cuidar de outros humanos e não-humanos.
Importa pensar o cuidar como força performativa que sustenta redes de afectos,
de interdependência e co-imaginação no mundo. Como imaginar outros modos de
cuidar?
A Performance de Cuidar (I). Sessão com Ana Pais.
4 Março 2022, 14:00 • Rui Pina Coelho
Cuidar significa imaginar, pensar, tratar de,
interessar-se por. As práticas de cuidar designam actividades sociais,
culturais e artísticas que imaginam, pensam, tratam e se interessam por algo ou
alguém no mundo, inclusive, o próprio mundo. Ainda antes da pandemia recordar à
humanidade a sua pequenez face ao universo, a crise das práticas de cuidar na
sociedade global contemporânea, regida por uma lógica neoliberal que corrói
ecologias de interdependência essenciais, já estava na ordem do dia das
ciências sociais, dos estudos feministas e dos estudos de performance. Esse
era, por exemplo, o tema da conferência internacional programada pela
Performance Studies International (Psi) para 2020, infelizmente cancelada.
Intensificando assimetrias e desigualdades, a pandemia tornou ainda mais
evidente a centralidade de cuidar – suas práticas, performance e estéticas –
para o momento actual em que é urgente cuidar de outros humanos e não-humanos.
Importa pensar o cuidar como força performativa que sustenta redes de afectos,
de interdependência e co-imaginação no mundo. Como imaginar outros modos de
cuidar?