Os Clássicos em José Agostinho de Macedo
15 Março 2022, 12:30 • Maria Cristina de Castro Maia de Sousa Pimentel
1. Revisitar
um morto que estrebucha. O trabalho
de Maria Ivone de Ornellas de Andrade: José Agostinho de Macedo, um
iluminista paradoxal (2001).
2. Clássicos greco-latinos e
o padre José Agostinho
a) Tradução da Tebaida
de Estácio, nunca publicada.
b) Tradução de odes e epodos
de Horácio (1806).
c) Poema narrativo Gama
(1811). Discurso preliminar: da “estúpida admiração dos Antigos” à citação final
de Ovídio “Quem si non
tenuit, magnis tamen excedit ausis.” (o Autor como um novo Faetonte).
d) Motim Literário em
forma de solilóquios (1811): discussão de Homero com Luís.
e) Cartas Filosóficas a
Ático (1815). Pensar Séneca: entre a admiração e o aborrecimento.
3. Os clássicos no poema Oriente
(1814)
a) Dedicatória à Nação
Portuguesa. Tópico taceat superata uetustas. Um novo Estácio? “Depois
de Virgílio também Estácio cantou.” Macedo e o medo da morte.
b) Discurso preliminar.
Defesa da originalidade: “houve mister fechar todos os livros”
c) O poema: recusa da
imitação e da mitologia? Leitura dos episódios da donzela junto ao Tejo (canto
II) e do Gama a animar os lusos durante a viagem (canto III). Francisco Joaquim
Bingre (1763-1856), epístola ao reverendo senhor José Agostinho de Macedo: “E foi isto fechar livros, experto,
/ Para compor, sem ver, o teu poema?”
4. Considerações finais. Macedo,
uma vida num “espírito de contradição permanente” (Eduardo Lourenço). Uma relação
paradoxal com os clássicos.
Nota: Aula com o Dr. Gil Teixeira.