Sumários
29 Abril 2025, 09:30
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José Augusto Nunes da Silva Horta
O Cristianismo no antigo "reino" do Kongo — Convidado: Professor Carlos Almeida
A perenidade da experiência do Cristianismo no Kongo: desde os anos 90 do século XV até às raízes do Kimbanguismo e do Tocoísmo (século XX e actual): uma relação, de longa duração, de recepção e integração do Cristianismo ou das práticas associadas ao Cristianismo; desde início, há um propósito de formar gente no Kongo (depois do envio de jovens a Lisboa para essa aprendizagem), seja no Cristianismo, seja na escrita, esta enquanto tecnologia de poder e ao serviço da política.
A chegada do Cristianismo não ocorre num contexto de conquista ou de imposição, mas sim de diálogo com a novidade, reinterpretando-a à luz da cosmovisão local. Essa reinterpretação é garantida pela existência de agentes locais, os mestre- escola, como formadores e mediadores da relação dos missionários com os catecúmenos, e tradutores na elaboração dos catecismos bilingues. Associação do Cristianismo ao Outro Mundo, ao culto dos antepassados, a rituais de protecção; os missionários são vistos como nganga, mais um tipo de especialista na manipulação do poder do Outro Mundo.
22 Abril 2025, 09:30
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José Augusto Nunes da Silva Horta
Introdução ao Cristianismo na Etiópia/Abissínia — Convidado: professor Manuel João Ramos (ISCTE-IUL)
Questões prévias sobre os limites dos conceitos que usamos para estudar o que designamos religião: o discurso da antropologia é essencialmente colonial — conhecer para dominar; baseado no comparativismo, implicando uma classificação, baseada na ideia da existência de categorias (o que implica uma coisa não poder ser e não ser ao mesmo tempo); religião e sacrifício são palavras que têm uma história e um contexto, cujos significados são extrapolados para outra realidade que lhes é exógena.
O Cristianismo não é estrangeiro a África, no sentido em que uma parte dele teve origem neste continente. Na Etiópia/Abissínia (no conceito local) encontram-se ligações a um Cristianismo muito antigo e a um Islão muito antigo. São teólogos de Axum que expandem a ideia a história da ligação da Etiópia a Salomão, história central para a centralização do poder pela dinastia salomónida, embebida da ideia dos Etíopes como povo eleito.
Algumas características: Cristianismo miofisita ou monofisita — a ideia de duas naturezas de Cristo (divina e humana) não faz sentido, ou seja é uma religião não dualista como a generalidade das religiões africanas; Cristianismo diferente do europeu, pelo peso muito forte do Antigo Testamento, por exemplo, nas proibições alimentares e nos rituais; não há, propriamente, altares mas sim a representação da arca da aliança que não pode ser observada pelo geral dos fiéis; tanto muçulmanos como cristãos aceitam um conjunto de princípios que extravasam os limites rituais e doutrinários das religiões do Livro.
11 Abril 2025, 09:30
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José Augusto Nunes da Silva Horta
O Islão na perspectiva das relações inter-religiosas (conclusão). Conclusão do comentários aos textos de Masquelier e de Barros e Sarró.
Sistematização da matéria de Islão.
8 Abril 2025, 09:30
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José Augusto Nunes da Silva Horta
1. O encontro do Islão com as religiões locais: adaptações e acomodação. Do carácter inclusivo das religiões "tradicionais" à plasticidade do Islão: apropriações recíprocas. Texto ponto de partida: capítulo V do livro de Ioan M. Lewis, "O Islamismo e as crenças rituais tradicionais". A impossibilidade do "desencantamento" da paisagem religiosa num país maioritariamente muçulmano: o exemplo da percepção da possessão no Níger contemporâneo.
Em discussão, Adeline Masquelier, "A Disenchanted landscape..."
2. Do pluralismo da paisagem religiosa às possibilidades de convivência entre Islão, Cristianismo e religiões "animistas" na actual Guiné-Bissau.
Em discussão, Ramon Sarró e Miguel Barros, "History, Mixture, Modernity. Religious Pluralism in Guinea-Bissau Today"
4 Abril 2025, 09:30
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José Augusto Nunes da Silva Horta
O Jiahdismo na África Subsaariana.
Ver no E-Learning: Isão em África: Ponto 3.4 Conteúdos