Nicholas Ridout e a sua proposta para a discussão sobre a abertura do horizonte ético no teatro ocidental (sécs. XVIII a XX)

15 Outubro 2015, 18:00 Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes

PRIMEIRA SAÍDA CULTURAL ao Teatro da Cornucópia, para assistirmos ao espectáculo Hamlet de William Shakespeare (dia 14 de Outubro, às 19 horas)

Duração da peça: cerca de 4 horas e 15 minutos)

 

Prossecução do diálogo sobre os segundo e terceiro capítulos da obra theatre & ethics de Nicholas Ridout. O papel determinante da abertura propiciada pelo pensamento iluminista na compreensão do carácter autónomo e universalista do comportamento ético associado à dimensão emocional no teatro do séc. XVIII. O desempenho da classe burguesa como contraponto à progressiva decadência dos valores e princípios aristocratas. O caso alemão e as suas idiossincrasias (365 pequenos Estados autónomos, separação religiosa entre protestantes a Norte e católicos a Sul, tentativa de veicular a unidade nacional à língua, cultura e arte). O contributo de Gotthold Ephraim Lessing para este projecto.

Alguns aspectos do projecto teórico e prático de Bertolt Brecht (criação do efeito de distanciação/estranhamento na preparação dos actores e seu desempenho, concepção de um teatro didáctico e laboratorial) como forma de desmistificação e revalorização de uma ética fundada na dialéctica a aplicar também à recepção das obras teatrais como novo entendimento da função do espectador nesse contexto.  

 

 

Leituras recomendadas:

- NUSSBAUM, Martha C. 2001, The Fragility of Goodness: Luck and Ethics in Greek Tragedy and Philosophy, Cambridge: Cambridge University Press, pp. 122-135.

- RIDOUT, Nicholas 2009, theatre & ethics, London: Pallgrave Macmillan, pp. 1-40.

- SHAKESPEARE, William 1987, Hamlet – Tragédia em cinco actos, edição bilingue, tradução de Sophia de Mello Breyner Andresen, revisão com colaboração do Professor Grahame Broome-Levett, Porto: Lello & Irmão Editores.

- TEATRO DA CORNUCÓPIA, Programa do espectáculo Hamlet, 2015.

 

- MENDES, Anabela, Pequeno manual para espectadores que desejam aprender a ver melhor o que por vezes escapa ao seu interesse e que, assim vendo, se posicionam para melhor sentirem que são vistos, dactiloscrito, Fevereiro de 2015.