Relação entre sentimento de culpa e ética no Teatro

1 Outubro 2015, 18:00 Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes

Breve recuperação dos tópicos em discussão comentados a partir da obra de Giovanni Frazzetto em estudo: articulação da Neurociência com as Artes do Espectáculo, em particular no comportamento e reflexão sobre o espectador; vários aspectos colocados pelo sentimento de culpa: o que o rosto diz ou não diz, a culpa que os outros querem que seja nossa como manifestação de exercício de poder e rebaixamento, por exemplo em Hamlet; o que nos mostram as imagens de mapeamento do cérebro quando comparadas com imagens que referenciam obra de arte, como em Caravaggio e o seu David com a Cabeça de Golias.

Que sentido faz para nós a articulação da ética com o teatro? Haverá nesta constelação, a discutir, alguma razão que justifique o seu relacionamento com o sentimento de culpa anteriormente trabalhado? Em que medida ética e sentimento de culpa envolvem a dimensão individual e ao mesmo tempo podem ser expressão do efeito dessa dimensão (normalmente conflituosa e questionadora) no espaço colectivo? Como pode o espectador conviver com a espectação de um carácter que se debate com estes problemas e ao mesmo tempo articular essa experiência com a sua própria natureza?

 

Leituras recomendadas:

- FRAZZETTO, Giovanni 2014, Como Sentimos – O que a Neurociência nos pode – ou não – dizer sobre as nossas emoções, Lisboa: Bertrand Editora, pp. 57-97.

- RIDOUT, Nicholas 2009, theatre & ethics, London: Pallgrave Macmillan. SHAKESPEARE, William 1987, Hamlet – Tragédia em cinco actos, edição bilingue, tradução de Sophia de Mello Breyner Andresen, revisão com colaboração do Professoro Grahame Broome-Levett, Porto: Lello & Irmão Editores.

- TEATRO DA CORNUCÓPIA, Programa do espectáculo Hamlet, 2015.

Documento de acompanhamento regular:

MENDES, Anabela, Pequeno manual para espectadores que desejam aprender a ver melhor o que por vezes escapa ao seu interesse e que, assim vendo, se posicionam para melhor sentirem que são vistos, dactiloscrito, Fevereiro de 2015.