Retorno a Nicholas Ridout e à sua tese última sobre Ética e Teatro
27 Outubro 2015, 18:00 • Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes
Sessão de trabalho dedicada ao esclarecimento dos contornos menos óbvios da tese defendida por Nicholas Ridout na obra theatre & ethics: o comportamento ético mais bem integrado na espectação e fruição de um espectáculo artístico presencial é aquele que se deixa diluir na própria representação, criando um horizonte de troca mútua entre o espectador e actor. É nesse sentido que o teatro e seus correlatos podem contribuir para aquele comprometimento que se centra não numa idealização do mundo em que vivemos (Friedrich Schiller), mas na assunção de que o contributo ético de cada um é produtor de mudança, mesmo quando se trata de criar diálogo entre ética e estética.
Aferição das leituras recomendadas sobre os capítulos VI e VII da obra A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais de Charles Darwin. O carácter experimental da investigação darwiniana no sentido de fixar por observação e imagem as características visivelmente manifestas no comportamento humano individual e da espécie. O rosto das emoções. O corpo das emoções.
Leituras recomendadas:
- DARWIN, Charles (2006), A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais, Tradução de José Miguel Silva, Lisboa: Relógio D’Água, pp. 135-179.
- RIDOUT, Nicholas 2009, theatre & ethics, London: Pallgrave Macmillan, pp. 45-70.
- SCHILLER, Friedrich, O Teatro como Instituição Moral, (1784), in Literatura Alemã, Textos e Contextos – Volume I (1700-1900), selecção, tradução, introdução e notas de João Barrento, Editorial Presença, 1989, pp. 153-158.
Vídeos recomendados:
https://www.youtube.com/watch?v=a3xclNjB2ek (excerto do espectáculo O que podemos dizer de Pierre)
https://www.youtube.com/watch?v=Rnek3ufLZ1U (entrevista com a coreógrafa Vera Mantero)