Shirin de Abbas Kiarostmi - um filme desafiante para os espectadores. Um padrão de emoções construídas e descontruídas

5 Novembro 2015, 18:00 Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes

Conclusão do visionamento do filme de Abbas Kiarostami Shirin seguido de discussão sobre o especial estatuto do espectador que fixando o rosto de outros espectadores é compelido a criar a sua própria ficção na presença visual de nenhuma. A importância neste contexto da narrativa de e sobre Shirin criada pelo realizador como um a peça radiofónica.

O visionamento do Making of do filme como suporte de entendimento da criação de expressões faciais nas actrizes a partir de incentivo emocional próprio. Confronto entre narração sonora, experiência individual e visibilidade da emoção. A escolha do assunto – amor trágico e triangulação – sustenta a universalidade das emoções. O laboratório de Kiarostami através do close up e da gestão luminotécnica. O realizador omnipresente.

Ligação desta experiência artística com as leituras recomendadas da obra de Charles Darwin em estudo.

 

Leitura recomendada:

- DARWIN, Charles (2006), A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais, Tradução de José Miguel Silva, Lisboa: Relógio D’Água, pp. 135-179.

 

Filme recomendado:

Abbas Kiarostasmi (2008), Shirin, 91 minutos, em Farsi com opção de legendas em inglês.

Hamideh Razavi’s documentary – Taste of Shirin – on the Making of Shirin, 27 minutos.