Sumários
plágios e outras práticas incorrectas na elaboração de trabalhos académicos
19 Outubro 2022, 15:30 • Carlos Jorge Gonçalves Soares Fabião
Transcrição do Artigo 8.º (Fraude na realização de
elementos de avaliação)
1. A fraude na realização de elementos de avaliação não é tolerável em meio
universitário, implicando a sua prática a anulação automática do elemento de
avaliação em causa, sem prejuízo de eventual procedimento disciplinar a que
haja lugar.
2. Para os efeitos do presente regulamento, constitui fraude todo o tipo de
práticas realizadas pelo aluno que resultem no falseamento do processo de
avaliação, designadamente:
a) O plágio, consubstanciado em cópia, não assinalada como tal e/ou com
omissão da fonte, por qualquer meio, de conteúdos de autoria de outrem,
independentemente do suporte original (ex.: outro elemento de avaliação, obra
bibliográfica, comunicação ou artigo, em papel ou formato digital);
b) A apresentação de elementos de avaliação de autoria de outrem,
realizados por encomenda;
c) A consulta não autorizada de materiais aquando da realização de
elementos de avaliação presenciais;
d) Apresentação de trabalhos já avaliados em outras unidades curriculares.
3. A prática de fraude é considerada especialmente grave a partir do 2.º
ano do ciclo de estudos de licenciatura, pelo que a sua ocorrência determina
ainda a impossibilidade de conclusão da unidade curricular no ano lectivo a que
a prática respeite.
4. A prática de fraude no âmbito do 2.º e 3.º ciclos de estudo determina
abertura do competente processo disciplinar e, no caso de envolver a
dissertação, a interdição de frequência da FLUL por um período até 5 anos.
Algumas notas importantes
1. A inclusão de uma obra na bibliografia, não dispensa a sua citação ao
longo do texto, cada vez que se refere informação nela colhida.
2. A citação, para além de correcta, deve ser precisa, definindo com
rigor os elementos citados: o número das páginas, dos quadros, das imagens, das
notas, etc. Não deve limitar-se à indicação da obra em geral (por ex. Ribeiro,
2005) quando se visam elementos contidos apenas numa parte dela.
3. A prática do plágio não respeita só a livros, mas a toda a
propriedade intelectual, qualquer que seja a sua natureza e forma de
apresentação.
4. Naturalmente, toda a informação disponibilizada on line deve
ser citada com o mesmo rigor, de acordo com regras específicas. A fraude que
envolve este recurso encontra-se particularmente difundida, atingindo enormes
proporções no meio académico. A experiência tem demonstrado que muitos dos
utilizadores da web são pouco criteriosos
na escolha das fontes a que recorrem. Os instrumentos geralmente mais fiáveis e
rigorosos não são descobertos pela maioria, que se limita, com frequência, aos
que aparecem em primeiro lugar nos motores de busca. Em boa parte dos casos os
trabalhos baseados nestes recursos não passam de cópias mais ou menos
escandalosas de informação elementar, duvidosa ou mesmo errónea.
Ao contrário, parecem ser pouco ou nada usados os grandes repositórios de
obras científicas (B-on, Jstor, Muse e muitos outros fornecedores de periódicos
e monografias em formato digital). No entanto, a Faculdade de Letras, através
do site da Biblioteca, proporciona indicações de grande utilidade para a
exploração de um número muito substancial de instrumentos desta natureza.
EXEMPLOS PRÁTICOS
PLÁGIO E OUTRAS PRÁTICAS
INCORRECTAS SIMILARES |
FORMAS CORRECTAS |
Relacionar Endovellicus e Silvanus parece
colher alguma viabilidade a partir dos dados iconográficos disponíveis. (PLÁGIO: cópia do texto, sem a devida citação) |
Como sustenta José Cardim
Ribeiro (2005, p. 732) “/.../ relacionar
Endovellicus e Silvanus parece /.../ colher alguma viabilidade a partir dos dados iconográficos
disponíveis” (toda a reprodução do texto alheio obriga ao uso de aspas) |
Partindo da análise da
documentação referente a Endovélico, em particular de alguns elementos
iconográficos, pode sugerir-se que esta divindade corresponde a uma interpretatio
de Fauno / Silvano. (PLÁGIO:
uso de informação alheia, sem a devida citação) |
Partindo da análise da
documentação referente a Endovélico, em particular de alguns elementos
iconográficos, pode sugerir-se que esta divindade corresponde a uma interpretatio
de Fauno / Silvano (Ribeiro, 2005, p. 732-737; 749-750). |
Segundo alguns autores,
partindo da análise da documentação referente a Endovélico, em particular de
alguns elementos iconográficos, pode sugerir-se que esta divindade
corresponde a uma interpretatio de Fauno / Silvano. (Prática
incorrecta, uma vez que omite a referência ao autor e à obra de onde se
retira a informação que usa) |
Segundo José Cardim Ribeiro
(2005, p. 732-737; 749-750), partindo da análise da documentação referente a
Endovélico, em particular de alguns elementos iconográficos, pode sugerir-se
que esta divindade corresponde uma interpretatio de Fauno / Silvano. |
Segundo José Cardim Ribeiro,
partindo da análise da documentação referente a Endovélico, em particular de
alguns elementos iconográficos, pode sugerir-se que esta divindade
corresponde a uma interpretatio de Fauno / Silvano. (Prática
incorrecta, uma vez que não cita a obra de onde se retira a informação) |
|
Segundo José Cardim Ribeiro
(2005, p. 732-737; 749-750), partindo da análise da documentação referente a
Endovélico, em particular de alguns elementos iconográficos, pode sugerir-se
que esta divindade corresponde uma interpretatio de Fauno / Silvano.
Considera-se igualmente que Endovélico é uma
divindade essencialmente benfazeja, benemerente, salutífera e, na sua
generalidade, protectora dos indivíduos. (Prática incorrecta: a origem
da informação deve ser referida em todas as circunstâncias, mesmo que repita,
em todo ou em parte, uma citação anterior, mais ou menos próxima). |
Segundo José Cardim Ribeiro
(2005, p. 732-737; 749-750), partindo da análise da documentação referente a
Endovélico, em particular de alguns elementos iconográficos, pode sugerir-se
que esta divindade corresponda uma interpretatio de Fauno / Silvano.
Considera-se igualmente que Endovélico “é
/.../ uma divindade essencialmente benfazeja, benemerente, salutífera” e, na
sua generalidade, protectora dos indivíduos (Ribeiro, 2005, p. 749). |
O TEXTO ORIGINAL QUE SERVE DE EXEMPLO, foi
retirado de:
RIBEIRO, José Cardim (2005) - O deus sanctus Endovellicus durante a romanidade, uma interpretatio
local de Faunus/Silvanus? In: Acta Palaeohispanica IX = Palaeohispanica. Zaragoza. 5, pp. 721-766
p. 732
A nossa proposta em relacionar Endovellicus
e Silvanus
parece, pois, colher alguma viabilidade a
partir dos dados iconográficos disponíveis. Mas torna-se necessário legitimá-la
—ou, pelo menos, reforçá-la — através de outros indícios, confrontando tudo
aquilo que conhecemos do culto de Endovellicus
com os vários elementos caracterizantes do
culto de Silvanus, e aferindo a sua mútua compatibilidade (cfr. quadro colocado no final do
texto). Ensaiemos pois este percurso, alicerçando-nos, quanto aos diversos
aspectos do deus itálico, sobretudo na excelente monografia de Peter Dorcey
(1992).
p. 749-750
Para os seus múltiplos devotos, Endovellicus
é agora uma divindade essencialmente
benfazeja, benemerente, salutífera — um protector das famílias, das crianças,
enfim, de toda a heterogénea sociedade que vive nos territórios circundantes. O
seu intrínseco carácter infernal, porém, mantem-se evidente nas práticas
oraculares e no tipo de animais sacrificados. Mas a sua personalidade
tornara-se já culturalmente mais próxima através de um certo sincretismo com Faunus e Silvanus
— e com base neste último se idealiza a sua
imagem. Com o devir dos tempos este numen ancestral vem, enfim, a surgir-nos renovado e mesmo sublimado através de
uma verdadeira dimensão
heroizante e salvífica: sobre os monumentos que lhe são dedicados aparecem
agora gravadas palmas, coroas de louros e génios alados portadores de tochas
fosforescentes.
Monte Testaccio (Roma): um projecto interdisciplinar
19 Outubro 2022, 12:30 • Carlos Jorge Gonçalves Soares Fabião
A aula constou da apresentação do Projecto interdisciplinar de estudo do Monte Testaccio (Roma) pelo Professor José Remesal Rodríguez, da Universidade de Barcelona, coordenador do Projecto.
Introdução ao uso de ferramentas digitais para elaboração de bibliografias e citações
12 Outubro 2022, 15:30 • Carlos Jorge Gonçalves Soares Fabião
@s estudantes podem aceder ao software de gestão bibliográfica EndNote Web através do website da Biblioteca em Recursos Electrónicos (recomendados) ou https://access.clarivate.com/
Links úteis:
- Tutoriais/guias EndNote Online
Apresentação de caso de estudo de uma gruta na Estremadura portuguesa (lapa dos coelhos)
12 Outubro 2022, 12:30 • Carlos Jorge Gonçalves Soares Fabião
A apresentação do estudo de caso esteve a cargo da Doutora Cristina Gameiro (Projecto Paleorescue)
trabalho dos estudantes com os seus orientadores (tutoria)
28 Setembro 2022, 15:30 • Carlos Jorge Gonçalves Soares Fabião
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