Sumários
Aristóteles e a necessidade do eterno (De Caelo I.12)
30 Maio 2016, 14:00 • Ricardo Santos
Da crítica aristotélica ao actualismo radical dos megáricos à definição de possível de Diodoro Crono. O argumento dominador de Diodoro. A redução dos conceitos modais a conceitos temporais: o chamado “modelo estatístico”. O princípio da plenitude. Atribuição a Aristóteles das teses: (1) aquilo que nunca é, é impossível; (2) aquilo que é sempre, é necessário (Hintikka, Waterlow). O De Caelo I.12 e o argumento das linhas 281b3-25. Análise e discussão crítica do texto.
Realismo modal e tempo ramificado.
23 Maio 2016, 14:00 • Ricardo Santos
Quine e o argumento do ciclista matemático. O problema da modalidade de re e a concepção descritivista dos nomes. A crítica de Kripke ao descritivismo. O essencialismo. Sentidos de possibilidade e necessidade: epistémica, legal, moral, natural, conceptual, lógica e metafísica.
O realismo modal extremo (David Lewis): existência concreta de outros mundos possíveis, fisicamente inacessíveis, noutro espaço-tempo. Teoria das contrapartes. Simetria entre mundos: ‘actual’ significa apenas ‘o mundo a que eu pertenço’. A identificação da contraparte de um objecto noutro mundo. A noção de essência individual. Os possibilia. A crítica de Kripke à concepção lewisiana dos mundos possíveis.
David Lewis e a distinção entre divergência entre mundos e ramificação de mundos. A questão da realidade do futuro. O problema das verdades presentes (e contingentes) acerca do futuro. As opções: nenhum futuro, um único futuro, mais do que um futuro. A crítica de Lewis à teoria da ramificação.
Realismo modal e cepticismo modal – antigo e contemporâneo
16 Maio 2016, 14:00 • Ricardo Santos
Realismo modal e cepticismo modal – antigo e contemporâneo. Os sistemas de lógica modal de C. I. Lewis. Carnap e o convencionalismo: sistemas linguísticos formalizados e as verdades necessárias explicadas como verdades analíticas (‘verdadeiras por definição’); o relativismo ontológico. A crítica de Quine à analiticidade e às modalidades. Lei da substituibilidade dos idênticos e opacidade referencial. Quine e o argumento do número de planetas. Nomes próprios e descrições definidas. A teoria das descrições de Russell e o exemplo de Jorge IV e o autor de Waverley. Necessidade de dicto e necessidade de re. Necessidade e quantificação (“quantifying in”). Dificuldades na compreensão de afirmações de necessidade de re. Propriedades essenciais (necessárias) e propriedades acidentais (contingentes) de um objecto – o essencialismo. A génese da semântica dos mundos possíveis. O debate sobre a realidade dos mundos possíveis.
O cepticismo modal antigo – o actualismo radical dos megáricos. A identificação do possível com o actual. Consequências fatalistas. A crítica de Aristóteles ao actualismo dos megáricos. A defesa aristotélica das possibilidades, das capacidades e dos poderes. A distinção entre acto e potência.
Apresentações orais. A crítica de MacFarlane ao modelo de tempo ramificado com um ‘futuro verdadeiro’.
9 Maio 2016, 14:00 • Ricardo Santos
Primeira parte. Apresentação oral de Elton Marques com o título “A(s) metafísica(s) do branching time”.
Segunda parte. Análise e discussão crítica das três primeiras secções do artigo “Future Contingents and Relative Truth” de John MacFarlane (2003). O problema dos futuros contingentes como um conflito entre uma intuição indeterminista e uma intuição determinista. A compatibilização proposta pelo modelo de tempo ramificado com um ‘futuro verdadeiro’ (ou ‘thin red line’, na terminologia introduzida por Belnap e Green 1994). Discussão crítica da argumentação de MacFarlane contra esse modelo.
Apresentações orais. A perspectiva ockhamista sobre os futuros contingentes.
2 Maio 2016, 14:00 • Ricardo Santos
Primeira parte. Apresentação oral de Laurens Thurn com o título “Aristotle’s Square of Opposition: Is its traditional interpretation absurd? Is Aristotle’s concept consistent?”
Segunda parte. A perspectiva ockhamista sobre os futuros contingentes. Fatalismo lógico e fatalismo teológico. Os elementos do argumento fatalista lógico: lei do terceiro excluído (aplicada ao futuro); princípios clássicos da verdade (temporalizados); tese da necessidade do passado; princípio segundo o qual factos implicados por factos necessários são necessários também. A perspectiva ockhamista: restrição da necessidade do passado. A distinção entre factos passados duros e moles. Como tornar a distinção mais precisa? Crítica ao critério da implicação. A noção de dependência ontológica. Dependência explicativa (de um-para-muitos) entre factos.