Respostas ao Argumento da Batalha Naval.

29 Maio 2017, 14:00 Ricardo Santos

O argumento fatalista da Batalha Naval e os seus três passos: (i) aplicação da lei do terceiro excluído; (ii) aplicação do princípio da verdade; (iii) inferência da verdade para a necessidade. Possíveis respostas ao argumento. Primeira resposta: rejeitar a lei do terceiro excluído aplicada ao futuro. A noção de ‘futuro aberto’. A lógica trivalente de Lukasiewicz e as suas tabelas de verdade. Objecção: Como explicar que possamos crer com boas razões (ou até saber) que haverá uma BN? Segunda resposta: rejeitar o princípio da verdade. A interpretação ‘tradicional’ de Aristóteles: aceita o terceiro excluído, mas rejeita a bivalência. Objecção: se hoje há batalha, parece que quem disse ontem iria haver falou verdade; será aceitável dizer ‘será o caso que p, mas não é verdade que será o caso que p’? Terceira resposta: rejeitar a inferência da verdade para a necessidade. Análise de um contraexemplo: ‘ontem fumei o último cigarro da minha vida’; parece ser algo verdadeiro mas contingente. A distinção de Ockham entre factos duros e factos moles. Será esta distinção suficientemente clara?