Fiction, history, science and ethics / Ficção, história, ciência e ética
2 Novembro 2017, 10:00 • Ângela Fernandes
Síntese da principais linhas de sentido da peça Copenhagen, de Michael Frayn: a estrutura dramática, a oscilação entre tempos históricos e perspectivas pessoais, e o questionamento da memória e da possibilidade de re-encenar ou re-viver; as referências ao contexto histórico e científico, a explicação do processo de “cisão nuclear” e da “Interpretação de Copenhaga da Mecânica Quântica”, e a apresentação da pesquisa científica como um trabalho em rede, ou uma conversa contínua; a sugestão de que as novas teorias físicas colocavam “o homem no centro do universo”, e a explícita formulação da dúvida sobre a responsabilidade moral do cientista.
Breve referência a outras representações artísticas recentes, visando o contexto científico europeu da primeira metade do século XX, e os dilemas éticos dos investigadores: o romance En busca de Klingsor, de Jorge Volpi (1999), e a ópera Doctor Atomic, de John Adams e Peter Sellars (2005).
Introdução do estudo do romance Do Androids Dream of Electric Sheep?, de Philip K. Dick (1968): a representação de um mundo futuro pós-apocalíptico dominado por uma catástrofe ambiental e assente numa estrutura social cindida e discriminatória; a concentração da intriga na relação entre seres humanos (“regulares” e “especiais”), “animais eléctricos” e “andróides”, e a ênfase na oposição entre natural e artificial.
Breve referência às origens e características definidoras do género “ficção científica”.