Sumários
Linguagem e política na Guerra civil (Farsália) de Lucano; o corpo e o estado; cinismo, ideologia e esperança
8 Novembro 2018, 15:00 • William Dominik
AULA 6: 8 DE NOVEMBRO
Linguagem e política na Guerra civil (Farsália) de Lucano; o corpo e o estado; cinismo, ideologia e esperança
Powerpoint
Lucano, Farsália
Questões
Qual é a natureza do “elogio de Nero”?
Como o poema funciona como uma denúncia do ato de elogio?
Quais são os papéis do paradoxo, da hipálage e da catacrese em um poema acerca da guerra civil?
O que está envolvido no colapso das fronteiras linguísticas?
O que constitui o tratamento do corpo dado por Lucano?
Qual é o sentido do grotesco em Lucano?
Como o conceito de “abjeção” de Kristeva se aplica à epica?
Qual é o efeito da guerra civil sobre o sujeito humano?
O corpo na guerra civil é apenas um mecanismo?
É Lucano “fragmentando as cadeias de comando”?
Como nós devemos entender a atitude do narrador em relação a Pompeu, o protagonista?
Esta obra é um poema de desespero e cinismo ou é uma defesa ideológica do último defensor da republica?
O Estoicismo explica a imagem estranhamente evolutiva de Pompeu?
Qual é a política do narrador?
Textos
Lucano, Farsália 1.1–182, 352–388, 666–672.
Farsália 2.1–42, 139–226, 234–391.
Farsália 3.583–762.
Farsália 7.1–123, 185–213, 385–459, 680–697.
Farsália 8.610–691; 9.190–214, 734–838.
Tradução em espanhol: REDONDO, Antonio Holgado (trad.), M. Anneo Lucano, Farsalia (Madrid 1984).
Tradução em castelhano: La Farsalia: Marco Anneo Lucano.
Tradução em português: VIEIRA, Brunno V. G. (trad.), Lucano, Farsália Cantos de I a V (Campinas 2011) 74–183, 268–281.
Tradução em inglês: DUFF, J. D. (trad.), Lucan: The Civil War (Cambridge, Mass. 1923).
Tradução em português: Suetónio, A Vida de Lucano.
Tradução em português: Vacca, A Vida de Lucano.
Leituras secundárias
BIBBY, M. (1993) “Fragging the Chains of Command: GI Resistance Poetry and Mutilation”, Journal of American Culture 16: 29–38.
DEWAR, Michael, “Laying it On with a Trowel: The Proem to Lucan and Related Texts”, Classical Quarterly 44 (1994) 199–211.
FEENEY, Denis, “Stat Magni Nominis Umbra: Lucan on the Greatness of Pompeius Magnus”, Classical Quarterly 36 (1986) 239–243.
GROSS, Elizabeth, “The Body of Signification”, em FLETCHER, John e BENJAMIN, Andrew (orgs.), Abjection, Melancholia and Love: The Work of Julia Kristeva (London 1990) 80–103.
MARTI, Berthe, “The Meaning of the Pharsalia”, American Journal of Philology 66 (1945) 352–376.
MARTINDALE, Charles, “Paradox, Hyperbole, and Literary Novelty in Lucan’s De Bello Civili”, Bulletin of the Institute of Classical Studies 23 (1976) 45–54.
MASTERS, Jamie, “Deceiving the Reader: The Political Mission of Lucan Bellum Civile”, em ELSNER, Jás E MASTERS, Jamie (orgs.), Reflections of Nero: Culture, History, and Representation (Chapel Hill 1994) 151–177.
Leituras complementares
AHL, Frederick. Lucan: An Introduction (Ithaca 1976).
BIBBY, Michael, Hearts and Minds: Bodies, Poetry, and Resistance in the Vietnam Era (New Brunswick 1996).
HARPHAM, Geoffrey Galt, On the Grotesque: Strategies of Contradiction in Art and Literature (Princeton 1982).
HENDERSON, John, “Lucan/The Word at War”, Ramus 16 (1987) 122–164.
HÜBNER, U., “Hypallage in Lucans Pharsalia”, Hermes 100 (1972) 577–600.
JOHNSON, W. R., Momentary Monsters: Lucan and His Heroes (Ithaca 1987).
KRISTEVA, Julia (trad. Leon S. Roudiez), Powers of Horror: An Essay on Abjection (New York 1982).
MASTERS, Jamie, Poetry and Civil War in Lucan’s Bellum Civile (Cambridge 1992).
MOST, G. W., “Disiecti Membra Poetae: The Rhetoric of Dismemberment in Neronian Poetry”, em HEXTER, Ralph e SELDEN, Daniel L. (orgs.), Innovations of Antiquity (New Haven 1992) 391–419.
QUINT, David, Epic and Empire (Princeton 1993) 131–210.
RUDICH, Vasily, Dissidence and Literature Under Nero: The Price of Rhetoricization (New York 1997).
RUDICH, Vasily, Political Dissidence Under Nero (London 1992).
SCARRY, Elaine, The Body in Pain: The Making and Unmaking of the World (New York 1985).
SCOTT, J. C., Domination and the Arts of Resistance (New Haven 1990) 45–107.
A ideologia de império; a natureza de império; o indivíduo e o império; o início, o meio, e o fim do Eneida de Virgílio
25 Outubro 2018, 15:00 • William Dominik
AULA 5: 25 DE OUTUBRO
A ideologia de império; a natureza de império; o indivíduo e o império; o início, o meio, e o fim do Eneida de Virgílio
Powerpoint
Virgílio, Eneida
Texto
Virgílio, Eneida 1, 4, 6, 10, 12.
Tradução em português: NUNES, Carl Alberto (trad.), Eneida
Tradução em português: MENDES, Manuel Odorico (trad.), Virgílio, Eneida.
Leitura suplementar
Resumo do enredo da Eneida (material disponibilizado pelo professor).
Questões
Qual é o propósito de Virgílio?
Por que Enéias e o Sibylla saem pela porta de marfim?
Qual é o significado dos portões de passagem do sono?
Qual é o propósito de Vergílio no final da Eneida? Eneias tem verdadeiramente sucesso aqui?
Enéias persegue fielmente os preceitos da ideologia do império abraçados por Anquises ou ele os transgride e revela a natureza impraticável da visão do seu pai?
A visão de grandeza inigualável que Anquises descreve para Roma é, em algum sentido, falsa ou enganosa?
A busca de fama e do próprio destino realmente vale a pena quando há tanto sofrimento e tantas lágrimas envolvidos?
A história na verdade cumpre suas promessas de glória à luz da perda de tantas vidas humanas?
Leituras secundárias
DOMINIK, W. J., “Vergil’s Aeneid: Which Interpretation?”, NZACT Bulletin 31.1 (2004) 13–16.
Nenhuma leitura adicional secundária, suplementar ou complementar será fornecida para este tópico por causa da sua familiaridade relativa.
Leituras complementares
Nenhuma leitura adicional secundária será fornecida para este tópico por causa da sua familiaridade; os recursos bibliográficos disponíveis para a Eeneida de Vergílio são discutivelmente maiores do que qualquer outro trabalho literário antigo, incluindo a Ilíada de Homero.
A linguagem e a ideologia da auto-representação imperial, a propaganda augustana, incluindo Res Gestae de Augusto, as representações de Áccio, e as palavras-chave políticas do novo regime; o papel evolutivo do senado, a manipulação da mitologia e da história, a distância crescente entre res e verba, “dissidência” literária romana, evidência legal e histórica, táticas literárias, psicologia dominante/subordinada
18 Outubro 2018, 15:00 • William Dominik
AULA 4: 18 DE OUTUBRO
A linguagem e a ideologia da auto-representação imperial, a propaganda augustana, incluindo Res Gestae de Augusto, as representações de Áccio, e as palavras-chave políticas do novo regime; o papel evolutivo do senado, a manipulação da mitologia e da história, a distância crescente entre res e verba, “dissidência” literária romana, evidência legal e histórica, táticas literárias, psicologia dominante/subordinada
Powerpoint
Augusto, Res Gestae (Os Atos de divino Augusto)
Questões
Qual era a jurisdição em mutação da Lex Iulia Maiestatis (A lei Júlia)?
A evidência histórica existente permite que falemos de uma “dissidência literária” e/ou “censura” na nascente Roma Imperial?
Quais motivos parecem dirigir as ações punitivas sob os imperadores Júlio-Claudianos?
Quais táticas eram usadas pelos autores que criticavam esse regime?
Como a questão da intenção autoral (animus nocendi) aparece nas fontes romanas?
Textos
Augusto, Res Gestae (Os Atos do divino Augusto).
Tradução em português: Res Gestae Divi Augusti.
Acerca da Lex Iulia Maiestatis (A lei Júlia) e de incidentes de censura literária recordados pela tradição, ver:
Justiniano, Digesto 48.4
Séneca, Consolação a Márcia 1.3
Tácito, Anais 1.72–74, 2.50, 3.50, 4.34–35, 4.42, 6.29
Tácito, Agrícola 2
Plínio, Epístolas 1.5
Suetônio, Vida de Augusto
Suetônio, Vida de Tiberio 58.1, 61.3
Dião Cássio 56.27.1, 57.20.3–4, 57.23.1–4, 57.24.2–4, 57.24.7, 58.24.3–5, 59.20
Leitura suplementar
Análise e resenha de SINFIELD, Alan, Faultlines: Cultural Materialism and the Politics of Dissident Reading (Berkeley 1994).
Leituras secundárias
AHL, F. M., “The Art of Safe Criticism in Greece and Rome”, American Journal of Philology 105 (1984) 174–208.
SCOTT, J. C., Domination and the Arts of Resistance (New Haven 1990) 1–16.
Leituras complementares
BAUMAN, R. A., The Crimen Maiestatis in the Roman Republic and Augustan Principate (Johannesburg 1967).
CRAMER, Frederick, “Bookburning and Censorship in Ancient Rome”, Journal of the History of Ideas 6 (1945) 157–196.
MACMULLEN, Ramsay, Enemies of the Roman Order: Treason, Unrest, and Alienation in the Empire (Cambridge 1966).
RUDICH, Vasily, Political Dissidence Under Nero (London 1992).
RUDICH, Vasily, Dissidence and Literature Under Nero (London 1997).
SULLIVAN, J. P., Literature and Politics in the Age of Nero (Ithaca 1985).
ZANKER, Paul (trad. Alan Shapiro), The Power of Images in the Age of Augustus (Ann Arbor 1988).
O papel do poeta, da literatura e da censura na sociedade antiga; a arte pela arte e o enfoque estético
11 Outubro 2018, 15:00 • William Dominik
AULA 3: 11 DE OUTUBRO
O papel do poeta, da literatura e da censura na sociedade antiga; a arte pela arte e o enfoque estético
Powerpoint
Platão, República
Aristóteles, Política e Poética
Questões
Platão, República
Quais tipos de histórias Platão considera adequadas?
Por que Platão considera a censura necessária?
Para quem a mentira é reservada no estado Platônico e por quê?
Considerando que Platão condena a representação dramática em favor da apresentação direta, a República deve ser condenado como uma obra de representação dramática?
Estaria Platão consciente de que se estava a expulsar a si próprio, como autor de diálogos aparentemente fictícios?
Ao expulsar os poetas e artistas da sua cidade ideal, terá Platão efectivamente criado o próprio coneceito da ficção mesmo no acto de a condenar?
Será que a sua profunda desconfiança perante a representação artística derivava da sua própria e peculiar visão do mundo, ou tinha precedentes e paralelos na poesia, na cultura, na história, e nas políticas gregas?
É na verdade a República uma espécie de sátira sobre si e sobre todo o planejamento social?
Aristóteles, Política e Poética
Quais papéis sociais e educacionais a literatura desempenha de acordo com Aristóteles?
De que modo a visão de Aristóteles do papel da literatura na sociedade difere daquela de Platão?
Aristóteles estaria confortável com qualquer literatura dissidente na sua sociedade ideal?
Textos
Platão, República 2, 3, 10.
Tradução em português: Platão, A República.
Aristóteles, Política 7.13–17, 8.
Tradução em português: AMARAL, António Campelo e CARVALHO GOMES, Carlos de (trad.), Aristóteles, Política: Edição bilingue (Lisboa 1998) 528–593.
Aristóteles, Poética.
Tradução em português: Os Pensadores: Aristóteles 2 (Sao Paulo 1991) 245–285.
Leituras suplementares
Notas à República 2, 3, 10 (material disponibilizado pelo professor).
Resumo da Política 7.13–17, 8 (material disponibilizado pelo professor).
Resumo da Poética (material disponibilizado pelo professor).
Notas à Poética (material disponibilizado pelo professor).
Análise da Poética de Aristóteles (material disponibilizado pelo professor).
Leituras secundárias
CARNES, Lord, Education and Culture in the Political Thought of Aristotle (Cornell 1982) 151–179.
CARNES, Lord, “Politics and Education in Aristotle’s Politics”, em PATZIG, Günther (org.) Aristotle’s Politik (Göttingen 1990) 202–215.
PRUS, Robert, “Symbolic Interaction and Classical Greek Scholarship: Conceptual Foundations, Historical Continuities, and Transcontextual Relevancies”, The American Sociologist 35.1 (2004) 5-33.
REES, D. A., “Comments on C. Lord”, em em PATZIG, Günther (org.) Aristotle’s Politik (Göttingen 1990) 216–219.
SALKEVER, Stephen G., “Tragedy and the Education of the Demos: Aristotle’s Response to Plato”, em EUBEN, J. Peter (org.), Greek Tragedy and Political Theory (Berkeley 1986) 274–303.
SØRENSEN, Anders Dahl, Plato on Democracy and Political ‘Technē’. Leiden: Brill 2016.
Leitura complementar
CARNES, Lord, Aristotle’s Theory of Education: An Interpretation of Politics VIII (New Haven 1974).
Note-se bem: O aluno que der essa primeira apresentação receberá um incremento de 10 por cento na sua nota.
Introdução ao curso 2; política e poesia em Atenas
4 Outubro 2018, 15:00 • William Dominik
AULA 2: 4 DE OUTUBRO
Introdução ao curso 2; política e poesia em Atenas
Powerpoint
A política da literatura romana imperial (Introdução 2)
Aristófanes, Rãs
Conteúdo
Terminologia da crítica política
Teorias da crítica política
Aristófanes, Rãs
Questões
Quais são as implicações políticas das Rãs de Aristófanes?
De acordo com Ésquilo, qual é a principal tarefa e a função do poeta?
Quais são as principais acusações lançadas contra Eurípides por causa da sua abordagem da poesia dramática?
O papel de Dionísio como um bobo mina a sua decisão em favor de Ésquilo e sugere, de fato, que o poeta real é Eurípides, cujos poesia desafia os valores tradicionais de Atenas?
Texto
Aristófanes, Rãs.
Tradução em português: SILVA, Maria de Fátima (trad.), Aristófanes, Rãs: Tradução do Grego, Introdução e Comentário (Coimbra 2014).
Tradução em português: SOARES, Marina Peixoto (trad.). As Rãs, de Aristófanes: Introdução, Tradução e Notas (Campinas 2014).
Leitura suplementar
Resumo do enredo das Rãs (material disponibilizado pelo professor).
Notas às Rãs (material disponibilizado pelo professor).
Leituras secundárias
SOMMERSTEIN, Alan H., “Harassing the Satirist: The Alleged Attempts to Prosecute Aristophanes”, em SLUITER, Ineke e ROSEN, Ralph M. (orgs.), Free Speech in Classical Antiquity (Leiden 2004) 145–174.