Apresentação do Programa: olbjectivos e bibliografia.
30 Janeiro 2019, 08:00 • Vítor Manuel Guimarães Veríssimo Serrão
Objectivos de aprendizagem: Estimular e desenvolver a prática de investigação na perspectiva de maiores conhecimentos no campo da Teoria da Arte e da Estética, definindo o objecto de estudo da História da Arte, as definições de «arte», «cliente», «mercado» e «mundo da arte, questionando as grandes linhas do debate teórico nesta área e os saberes em campos como a Iconologia, a Semiótica, a Sociologia da Arte e os novos géneros da História da Arte. Promover a autonomia crítica com base na solidez dos conhecimentos adquiridos. Desenvolver competências de acordo com o perfil de um Doutorando: planeamento e execução de uma dissertação, com peso na problematização teórica de um tema específico, alargando as perspectivas multidisciplinares e globalizantes.
Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objectivos de aprendizagem da unidade: A análise e o debate dos casos de estudo enunciados permitem alcançar os objectivos de aprendizagem pretendidos em torno da Teoria da Arte. Os temas escolhidos procuram abranger diferentes épocas e tipos de produção artística, bem como circunstâncias distintas de identificação, estudo, teorização e qualificação estética. Procura-se, ainda, atender às formas de divulgação dos resultados da pesquisa, segundo diferentes tipos de discurso, consoante os públicos a que se destinam. Este exercício destina-se a desenvolver as competências no campo da realização das teses de doutoramento dos alunos.
Metodologias de ensino (avaliação incluída): O ensino assente numa tipologia de Seminário, onde se procura uma exposição clara e objectiva dos casos de estudo. Estimula-se o debate, com a participação crítica dos alunos. A acompanhar a perspectiva conceptual, são referidos exemplos práticos resultantes da aplicação dos critérios de actuação. É fornecida uma abundante documentação visual para estimular a compreensão do processo de actuação. A avaliação é ponderada entre o nível e qualidade de participação (10%), um teste presencial (40%), e a realização de um trabalho prático de reflexão original sobre uma questão de Teoria das Artes, que será objecto de apresentação e discussão (70%). Este Trabalho Prático, texto crítico sobre um texto, um autor ou uma problemática teórica relacionada com a História e Crítica da Arte, a entregar até ao final do Semestre (em fim de Maio no limite) e a apresentar oralmente (início de Junho) numa aula suplementar de avaliação e discussão.
BIBLIOGRAFIA ESSENCIAL
ADORNO, Theodor W., Asthetische Theorie , Frankfurt am Main (trad. port., Teoria Estética, Edições 70, 1970).
AFONSO, Luís Urbano, O Ser e o Tempo. As Idades do Homem na Tumulária Gótica Portuguesa, ed. Caleidoscópio, Lisboa, 2003.
AGAMBEN, Giorgio, «Aby Warburg e la scienza senza nome», Aut aut, nº 199-200, Nuova Italia, 1984.
ARASSE, Daniel, On n’y voit rien, Paris, Denoel, 2000.
ARENDT, Hannah, A Condição Humana, trad., Lisboa, Relógio d’Água, 2001.
ARGAN, Giulio-Carlo, Immagine e persuasione, Milão 1986; trad. Arte e Crítica de Arte, Estampa, 1995. BECKER, Howard S., Mundos da Arte, Lisboa, Livros Horizonte, 2010.
BELTING, Hans, Likeness and Presence: a history of the image before the era of art (trad. Brasileira: Semelhança e Presença. A história da imagem antes da era da arte, Ars Urbe, Rio de Janeiro, 2010).
AVELAR, Mário, Ekphrasis: o poeta no atelier do artista, Lisboa, Cosmos, 2006.
BEGEMAN, Edgert Haverkamp, Creative Copies, 1998.
BELTING, Hans, The End of the History of Art ?, University of Chicago Press, 1987.
Idem, Likeness and Presence: A History of the Image before the Era of Art, University of Chicago Press, 1997.
Idem (com Mitch Cohen e Kenneth J. Northcott), Art History after Modernism, University of Chicago Press, 2003.
Idem, Florence and Baghdad: Renaissance Art and Arab Science, Paris, 2011.
BENJAMIN, Walter, «A Obra de Arte na Era da sua Reprodutibilidade Técnica», publicado na revista do Institute for Social Research, de 1936 (trad. port.: Walter Benjamin, Sobre Arte, Técnica, Linguagem e Política, introd. de T. W. Adorno, ed. Relógio de Água, Lisboa, 1992).
BELTING, Hans, The Global Art World. A Critical Estimate, ed. com Andrea Buddensieg, Ostfildern 2009.
Idem, L´Histoire de l´Art est-elle finie? Paris: Ed. J. Chambon, 1989.
BEARDSLEY, Monroe C. e HOSPERS, John, Estética. Historia y fundamentos. Cátedra, Madrid, 1990.
BESANÇON, Alain, L’image interdite. Une histoire intellectuelle de l’iconoclasme, Arthème Fayard, 1994.
BLUNT, Anthony, Artistic Theory in Italy, 1450 to 1600, Oxford, 1940 (La teoría de las artes en Italia del 1450 a 1560. Madrid: Cátedra, 1979).
BOLVIG, Axel e Ph. Lindley (coord.), History and Images. Towards a New Iconology, Turnhout, 2003.
BOZAL, Valeriano ed alii, Historia de las ideas estéticas y de las teorías artísticas contemporâneas, 2 vols, Visor, Madrid, 2000.
BURKE, Peter, What is Cultural History ?, London, Polity, 2008.
CALABRESE, Omar, Como ler uma obra de arte, trad. port., Ed. 70, Lisboa, 1999.
CASSIDY, Brendan (coord.), Iconography at the Crossroads, Princeton University, 1993;
CASTIÑEIRAS GONZÁLEZ, Manuel, Introducción al Método Iconográfico, ed. Ariel, Barcelona, 1998.
CHRISTIN, Olivier, Une révolution symbolique. L’iconoclasme protestant et la reconstruction catholique, Paris, 1991.
CIERI VIA, Claudia, Nei dettagli nascosto. Per una storia del pensiero iconologico, Carocci, Roma,1994.
CLARK, Timothy, Image of the People: Gustave Courbet and the 1848 Revolution, Berkeley, University of California Press, 1973 (trad.: Image du peuple: Gustave Courbet et la révolution de 1848, Les Presses du Réeel, 2007).
Idem, The Absolute Bourgeois: Artists and Politics in France, 1848–1851, Berkeley, University of California Press, 1973 (trad.: Le Bourgeois Absolu. Les Artistes et la Politique en France de 1848 À 1851, Art édition, 1992).
COLLINGWOOD, C.,The Principles of Art, Oxford, Oxford University Press, 1974.
COSTA, Júlio, Liberdade Artística e Mercado, tese de Mestrado em Mercados de Arte, ISCTE, 2017.
CURTO, Diogo Ramada (coord.), Estudos sobre a Globalização, Lisboa, Edições 70, 2016.
DANTO, Arthur C., After the End of Art. Contemporary art and the Pale of History, Philadelphia, 1987.
IDEM, The Transfiguration of the Commonplace, Cambridge, Harvard University Press, 1981.
IDEM, “The Artworld”, The Journal of Philosophy, Volume 61, 1964, Issue 19.
DESWARTE, Sylvie (coord.), À travers l'image. Lecture iconographique et sens de l'oeuvre. Actes du Séminaire CNRS Histoire de l'art et iconographie, dir. Catherine Monbeig-Goguel, Paris, Klincksiek, 1994.
DICKIE, Georges, Introduction to Aesthetics. An Analytic Approach, New York, 1997 (trad. de Rolando Almeida, El circulo del arte, una teoria del arte, Paidos, Barcelona, 2005).
DIDI-HUBERMAN, Georges, L’Image Survivante. Histoire de l’art et temps des fantômes selon Aby Warburg, Paris, Éditions de Minuit, 2002.
IDEM, Ce que nous voyons, ce qui nous regarde, Paris, 2007.
DUBOIS, Claude-Gilbert, Le Bel Aujourd’hui de la Renaissance. Que reste-t-il du XVIe siècle?, Seuil, 2001.
FRANÇA, José-Augusto, Memórias para o Ano 2000, Livros Horizonte, Lisboa, 2000.
Idem, O Ano X. Lisboa, 1936. Estudo de Factos Socioculturais, ed. Presença, 2010.
FREEDBERG, David, (ed. francesa), Le Pouvoir des Images, Paris, Monfort, 1998.
GÁLLEGO, Julián, Imágenes y simbolos en la pintura española del Siglo d’Oro, Cátedra, Madrid, 1968.
GELLNER, Ernest, Pós-modernismo, razão e religião. Sobre as principais correntes de pensamento actuais, Ed. Instituto Piaget, Lisboa, 1994.
GINZBURG, Carlo, A Micro-História e outros ensaios, Difel, col. ‘Memória e Sociedade’, Lisboa, 1992.
GOMBRICH, E.H., Aby Warburg: an Intellectual. Biography, 2ª ed., London, 1986 (ed. Aby Warburg: una biografia intelectual. Alianza Forma, Madrid, 1992.
Idem, Symbolic Images. Studies in the Art of the Renaissance, Phaidon Press, Londres, 1972 (trad.: lmágenes simbólicas. Estudios sobre el arte deI Renacimiento, Alianza Ed. Madrid 1983).
Idem, Los usos de las imagenes, Debate, Barcelona, 2003 (trad.).
Idem, “The Social History of Art”, in Meditations on a Hobby Horseand Other Essays on the Theory of Art, London, Phaidon Press, 1963, pp. 86-94.
GOMES, Hélder, Relativismo Axiológico e Arte Contemporâneda. Critérios de Recepção Crítica da Obra de Arte – Uma leitura de Filosofia da Arte de Arthur C. Danto, Dep. Filosofia Universidade Coimbra, 2002.
GONÇALVES, Flávio, História da Arte. Iconografia e Crítica, Lisboa, INCM, 1983.
HADJINICOLAOU, Nicos, «La Liberté guidant le peuple de Delacroix devant son premier public», Actes de la Recherche en Sciences Sociales, nº 28, 1979, pp. 3-26.
Idem, Histoire de l’art et lutte des classes, Maspero, Paris, 1973 (trad.: A História da Arte e os Movimentos Sociais, Lisboa, Edições 70, 1973).
Idem, Art History and Class Struggle, London, Pluto Press, 1978.
HALL, Stuart, Questions of Cultural Identity, London, 1996 (trad. brasileira, A Identidade cultural na Pós-Modernidade, ed. Rio de Janeiro, 1999).
HASKELL, Francis, L’Historien et les Images, Paris, Gallimard, 1995.
HAUSER, Arnold, The Social History of Art, London, Routledge & Kegan Paul, 2 vols., 1951 (ed. de 1962).
Idem, Mannerism: The Crisis of the Renaissance and the Origin of Modern Art, London, Routledge & Kegan Paul, 1965.
HEINICH, Nathalie, Le pradigme de l’art contemporain. Structures d’une révolution artistique, Paris, Éditions Gallimard, 2014.
HENIN, Emmanuelle, ‘Ut Pictura Theatrum’. Théatre et Peinture de la Renaissance italienne au Classicisme français, Droz, Genève, 2007.
HOBSBAWM, Eric, Atrás dos tempos: declínio e queda das vanguardas do século XX (título original Behind the times - the decline and fall of twentieth-century avant-gardes), Campo de Letras, Porto, 2001.
KHUN, Thomas, A estrutura das revoluções científicas, ed. Brasileira, Perspectiva, S. Paulo, 2003.
LAPA, Pedro, Linguagem e Experiência. Obras da Colecção da Caixa Geral de Depósitos, Culturgest, Lisboa, 2010.
LESCOURRET, Marie-Anne, Aby Warburg ou la tentation du regard. Biographie, Paris, Hazan, 2014.
LYOTARD, François, The Postmodern Condition (1979), ed. Manchester University Press, 1984.
LÓPEZ TORRIJOS, R., La mitología en la pintura espanola dei sigla de oro, Ed. Cátedra, Madrid 1985.
MÂLE, E., L 'art religieux en France. Armand Colin. 3 vols. Paris, 1985.
MELO, Alexandre, Sistema da Arte Contemporânea, Lisboa, Documenta, 2012.
IDEM, Arte e Poder na Era Global, Lisboa, Documenta, 2016.
MOULIN, Raymonde, “Vivre Sans Vendre”, em Raymonde Moulin, De La Valeur de L’Art, Paris, Flammarion, 1986.
IDEM, L’artiste, l’institution et le marche, Paris, Flammarion, 1987.
IDEM, Le marché de l’art, Mondialisation et nouvelles technologies, Paris, Flammarion, 2009.
PACHECO, F., El Arte de la Pintura (1649), ed. Cátedra Madrid, 1990.
PANOFSKY, Erwin, Estudos de Iconologia. Temas humanísticos na arte do Renascimento (Oxford, 1939) (ed. Lisboa, Estampa, 1986).
Idem, ldea. Contribución a la historia de la teoría del arte, Ed. Cátedra. Madrid, 1982.
Idem, Meaning in the Visual Arts (Garden City, New York, 1955) (trad. port., O Significado nas artes visuais, Lisboa, ed. Presença).
Idem, Renascimento e Renascimentos na Arte Ocidental, trad., Lisboa, ed. Presença, 1981
POLLOCK, Griselda, e PARKER, Roscika, Old Mistresses, ed. L. B. Taurus.
PUJAS, Sophie, Street Art, poésie urbaine, Paris, Tana Éditions, 2015.
RIBEIRO, António Pinto, Questões Permanentes , Ensaios escolhidos sobre cultura contemporânea, Lisboa, Livros Cotovia, 2011.
SCHMITT, Jean-Claude, Le corps des images. Essais sur la culture visuelle au Moyen Âge, Paris, Gallimard, 2002.
SCHMITT, Jean-Marie e Antonia Dubrulle, Le marche de l’art, Paris, La Documentation Française, 2014.
SEBASTIÁN, Santiago, Contrarreforma y barroco, Madrid, Alianza.
SCHAPIRO, M., Estudios sobre el arte de la Antigüedad tardía, el cristianismo primitivo y la Edad Media, Alianza ed., Madrid 1987.
SERRÃO, Vitor, A Cripto-História da Arte. Análise de Obras de Arte Inexistentes, Horizonte, Lisboa, 2001.
Idem, A Trans-Memória das Imagens. Análise Iconológica de Pintura Portuguesa (sécs. XVI-XVIII), Lisboa, Cosmos, 2007.
IDEM, A cripto-história da arte. Análise de obras de arte inexistentes, Lisboa, Livros Horizonte, 2011.
IDEM, “A produção artística e a história da arte face à globalização. Conceito, criação e fruição das artes no início do século XXI”, em D. Ramada Curto (org.), Estudos Sobre a Globalização, Lisboa, Edições 70, 2016.
VICENTE, Filipa Lowndes, A arte sem história. Mulheres e cultura artística (Séculos XVI‑XX), Lisboa, Babel, 2012.
WARBURG, Aby M., Images from the Region of the Pueblo Indians of North America (1923), trad. e estudo de Michael P. Steinberg, Cornell University Press, 1995.
Idem, Essais Florentins, ed. Kliensick, 1990.
Idem, The renewal of Pagan Antiquity, intr. Kurt W. Foster, The Getty Research Inst., Los Angeles, 1999.
Idem, El renacimiento del paganismo-Aby Warburg, ed. Felipe Pereda, Elena Sánchez Vigil, Alianza, 2005.
WARBURTON, Nigel, O Que É a Arte?, trad., Lisboa, Bizâncio, 2007.
WITTKOWER, Rudolf, e WITTKOWER, Margot, Born Under Saturn: The Character and Conduct of Artists, New York, 1963.
Idem, Allegory and the Migration of Symbols, Thames & Hudson, 1977.